Trabalhar, viver, curtir: conheça o plano de ocupação do Biotic

GDF homologa o projeto de ocupação do Parque Tecnológico, que terá 794 empresas, hotéis e até área residencial e vai gerar 7,6 mil empregos diretos

A criação do Parque Tecnológico de Brasília (Biotic) teve um marco histórico nesta semana: o Governo do Distrito Federal conseguiu, quase duas décadas após sua idealização, elaborar, aprovar e homologar seu Plano de Uso e Ocupação. Além de abrir espaço para 794 empresas e gerar 7,6 mil empregos diretos, o projeto baseado no conceito de uso misto vai abrigar também residências, escritórios, praças e parques urbanos.

O plano que traça parâmetros para urbanização e para as edificações (veja imagem acima) já havia sido discutido e aprovado por unanimidade pelo Conselho de Planejamento Territorial do DF (Conplan) em março deste ano. Agora, foi homologado pelo decreto nº 41.162, publicado no Diário Oficial do DF. Isso abre espaço para a Terracap, por intermédio do Biotic, dê continuidade à implantação do empreendimento a partir da captação de recursos com a iniciativa privada.

“É uma cidade da inovação, que vai ter empresas, comércio e hotelaria para que as pessoas possam viver, trabalhar e se divertir sem precisar sair dali”, define o presidente da Biotic, Gustavo Dias Henrique. Em uma área de 958,8 mil metros quadrados, na Granja do Torto, surgirá uma zona viva, tecnológica e sustentável.

É um novo “bairro” multifuncional com nove mil moradores, escritórios, universidades, comércios, residências e espaços públicos inclusivos, com integração do ambiente para diferentes usos. O projeto homologado engloba setores de distritos (de serviço, da universidade distrital, de escritórios, de inovação, de biotecnologia, de agricultura) e de vilas (para estudantes, trabalhadores, pesquisadores etc).


Confira, aqui, todos os detalhes do projeto.


E haja possibilidades: eventos abertos, trabalho ao ar livre, lazer e atividades esportivas, parquinhos para crianças, áreas de descanso, caminhos com sombra e valorização da natureza. Tudo isso em superquadras acessíveis a pé, de bicicleta ou transporte público, com estruturação do BRT Norte.

“A aprovação do Parque Tecnológico é resultado de um trabalho árduo e possibilita que esse projeto venha trazer mais desenvolvimento urbano, econômico e social para o DF” afirma o titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Mateus Oliveira. O projeto foi desenvolvido pelo corpo técnico do governo em parceria com o arquiteto italiano Carlo Ratti.

Marco de desenvolvimento
Presidente do Biotic, Gustavo Dias Henrique lembra que a lei que idealizou o Parque Tecnológico é de 2001, com posterior destinação da área e regulamentação em 2018. “Mas, até agora, não existia um plano de ocupação aprovado. Este é um grande marco desta gestão, depois de quase 20 anos.”  

Hoje, no local, há um edifício de governança com dezenas de empresas, startups e associações, os datacenters do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e uma unidade do SebraeLab. Agora, o projeto é pela ocupação no conceito de morar, viver e trabalhar no mesmo lugar, com um corredor ecológico, com sustentabilidade e economicamente correto.

“Estamos dando todo apoio com áreas técnicas para deixar em condições de captar recursos para implantar o parque tecnológico. Conseguimos avanços importantes em imbróglios históricos, como aqueles relacionados à área ambiental e o próprio plano de uso e ocupação, além da criação do fundo de investimento junto ao BRB que vai possibilitar a captação de recursos para implantação”, esclarece o presidente da Terracap, Izídio Santos.

Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvan Maximo considera um “sonho realizado” o lugar sair da ideia e ser aberto à população – seja para se usar como local trabalho ou de diversão. “Brasília ganha todos os incentivos com o Parque Tecnológico, para que ele desponte no cenário nacional e internacional”, diz.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) também prevê mais desenvolvimento. Presidente da entidade, Francisco Maia acredita que a aprovação do plano é importante para dar andamento ao projeto.

“Até hoje as empresas não ocuparam porque não têm onde ficar. Para passar a ser um centro de tecnologia, é preciso ter cuidado para não desvirtuar, sendo rigoroso o critério para instalação de irradiadoras de tecnologia – que, com incentivo do governo, vão gerar emprego e desenvolvimento”, avalia.  

Com informações da Seduh

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