Com investimento 100% público, Brasília lança ao espaço nanossatélite AlfaCrux

Foram 2,2 milhões de reais investidos, com objetivo de aperfeiçoar o sistema de telecomunicação e fortalecer a ciência

A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio da Universidade de Brasília (UNB), desenvolveu o projeto AlfaCrux, um nanossatélite elaborado por pesquisadores e alunos da UNB, que foi lançado ao espaço nesta sexta-feira (1).

Representação do satélite do projeto Alfa Crux (Imagem: Reprodução/Universidade de Brasília)

Batizado de AlfaCrux, o nanossatélite padrão CubeSat 1U foi lançado pela SpaceX de Cabo Canaveral. A expectativa é que em órbita o equipamento possa demonstrar tecnologias via satélite para aperfeiçoar: sistema de coleta de dados, comunicação tática (defesa nacional) em banda estreita, além de ofertar uma experiência prática para alunos e professores no desenvolvimento e operação de uma missão espacial.

“O projeto tem um grande potencial de impacto social ao demonstrar soluções que podem contribuir para melhorar o monitoramento agrícola e promover comunicação em zona de desastres. O Alfa Crux é muito estratégico, pois permite coletar informações em larga escala sobre nossos ativos naturais, parâmetros climáticos e desta forma apoiar tomadas de decisão no contexto da agricultura de precisão, planejamento social, entre outros benefícios”, afirma o Coordenador do Alfa Crux, Renato Borges.

LEIA TAMBÉM:

O projeto conta ainda com o apoio da Agência Espacial Brasileira, que teve um papel importante nas tratativas para liberação do equipamento, que chegará a 500 km de altitude em relação à superfície terrestre.

A tecnologia – O nanossatélite têm o formato geométrico de um cubo, com aresta de dez centímetros. Sua massa total é em torno de 1,3kg. Na nomenclatura padrão, ele é classificado como um CubeSat 1U, ou seja, uma unidade. O nanossatélite ficará em órbita baixa, espaço onde normalmente são colocados satélites desse porte, a cerca de 500 km de altitude em relação ao nível do mar. A vida útil aproximada do equipamento é de três anos.

Finatec

O projeto espacial tem a gestão da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que oferece sua expertise no gerenciamento dos recursos investidos nessa missão, com toda a parte de compra de equipamentos, busca de menor valor de material.

RECOMENDAMOS