A unidade do SESC da 504 Sul foi palco para a união de diversos especialistas em arte, que aliaram suas experiências às novas criações dos jovens integrantes do Projeto Laboratório de mídias, tecnologias, arte e juventude, o LABmais, que abordaram sobre a monetização de trabalhos artísticos.O evento ocorreu nesta sexta-feira (14) e contará com programação também neste sábado (15), de 15h às 22h.
O Labmais é um projeto nacional, da gerência de cultura do Sesc, cuja filosofia consiste em compartilhar experiências no mercado da criatividade, além de ressaltar a importância do respeito à diversidade.
As atividades do projeto são construídas sobre um preceito colaborativo, com o protagonismo dos jovens, levando em conta aspectos das diferentes identidades, trajetórias e perspectivas artísticas. Os jovens do Labmais sabem que quem chegou mais alto ajuda o outro a subir.
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“O Projeto tem a importante missão de tornar o jovem criativo periférico mais competitivo no mercado da economia criativa e o Fórum trouxe o resultado esperado, alinhando a vontade de compartilhar benefícios e virtudes entre eles”, ponderou o diretor regional do Sesc-DF, Valcides Araújo.
O Laboratório é um espaço conceitual, criativo, experimentativo, que desenvolve ações educativas, com foco no trabalho com as juventudes, por meio da utilização das tecnologias. “Para mim o Lab é muito importante, eu além de mulher sou preta, periférica e artista e esse projeto me ajudou e tem ajudado outros artistas a dar visibilidade à nossa arte, em espaços que possam ser vistos, apreciados e monetizado”, disse Yalodê da Silva, integrante do Projeto Labmais.
O evento de hoje exibiu o longa-metragem – A cor do amor, sob a direção de Jaqueline Batista, mais conhecidacomo Lawanda. Houve atividade com painel, abordando a temática: “A representatividade no audiovisual e como monetizar com o audiovisual”, sob convidados do audiovisual – Leonardo Monteiro, Lawanda e Mediadores: Benedita e Mari, finalizando com apresentação da DJ Odara, animando a festa.
Kelly Quirina, professora da UnB e orientadora no documentário, disse que o trabalho foi desafiador. “O longa foi montado em 4 meses e considero um projeto audacioso. Quanto ao conteúdo, o documentário dá visibilidade ao amor e afeto em que as mulheres pretas vivenciam, levando em conta que o Brasil é considerado um país racista, onde o amor às mulheres negras é negligenciado. A solidão da mulher negra também é abordada e então porque não dizer que esse projeto é também um ato revolucionário”, pondera a professora.
Para os organizadores do projeto, a periferia encontra seus mecanismos de sobrevivência e por meio da união se fortalece, tornando a criatividade do jovem de periferia ainda mais potente.