Artistas do Distrito Federal participam da exposição Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, em São Paulo

A mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro reunirá cerca de 240 artistas negros, de todos os estados do Brasil, sob curadoria de Igor Simões, Lorraine Mendes e Marcelo Campos

A arte do Distrito Federal marcará presença na exposição Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente mostra dedicada exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país. Com abertura marcada para o dia 02 de agosto, no Sesc Belenzinho, em São Paulo, quatro artistas irão representar o DF.

Com curadoria assinada por Igor Simões, em parceria com Lorraine Mendes e Marcelo Campos, Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, apresentará ao público obras de cerca de 240 artistas negros – entre homens e mulheres cis e trans, de todos os Estados do Brasil – em diversas linguagens como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações, produzidos entre o fim do século XVIII até o século XXI.

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Na mostra que parte da premissa de dar luz à centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares, o DF será representado pelas obras de Antonio Obá, Dalton Paula, Gugie Cavalcanti e Ros4 Luz.

“Como uma instituição que tem na diversidade uma de suas principais marcas, o Sesc busca por meio de suas ações dar voz aos mais diversos segmentos sociais, estimulando o debate e ajudando a registrar a história e cultura de nosso povo em toda sua abrangência e riqueza. Dentro dessas premissas, o projeto Dos Brasis lançou um olhar aprofundado sobre a produção artística afro-brasileira e sua presença na construção da história da arte no Brasil. Um trabalho que contou com nossos analistas de cultura em todo o país, em um grande alinhamento nacional”, disse o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo.

Sobre a importância de dar oportunidade para artistas do DF em outros estados do Brasil, o diretor regional do Sesc-DF, Valcides de Araújo, destacou que isso é um resultado de ações na capital do país que valorizam a cultura. “O Distrito Federal é um celeiro de talentos. O Sesc-DF está muito contente em ver que nossos talentos têm a possibilidade de expor seus trabalhos fora do nosso quadradinho. Aqui, em todas as nossas atividades culturais buscamos dar espaço pro talento da nossa cidade. E o resultado dessa contribuição mútua é de encher os olhos. São Paulo não irá se arrepender”, enfatizou o diretor.

Serviço:
DOS BRASIS – ARTE E PENSAMENTO NEGRO  
​​Período expositivo: 2 de agosto de 2023 a 28 de janeiro de 2024
Horário de funcionamento:  Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e Feriados, das 10h às 18h
Site do projeto: Dos Brasis – Sesc
Acessibilidade: Rampas, elevadores, pisos tátil, banheiros adaptados e outros equipamentos acessíveis.
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
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Saiba mais sobre os artistas que representarão o DF 
Antonio Obá – Ceilândia (DF), 1983 
Núcleo Negro Vida 
Antonio Obá realizou diversas exposições coletivas no Brasil e no exterior, e nos últimos anos realizou individuais em Pequim (China) e Amsterdã (Holanda). Há em sua poética uma reconfiguração das iconografias e do imaginário racial. Sabendo que o histórico da população negra foi destruído pela escravidão, o artista combina arquivos, memórias e registros pessoais em trabalhos em que questiona a identidade brasileira, propondo fabulações e reposicionando os imaginários das afetividades negras.
Dalton Paula – Brasília (DF), 1982 
Núcleo Organização Já  
Vive e trabalha em Goiânia (GO), onde também tem seu projeto ateliê-escola Sertão Negro. Bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG), realizou exposições individuais na Pinacoteca de São Paulo e no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em seu repertório figura o corpo negro em diáspora e seus ritos e rituais. Seu contínuo interesse pelo retrato de pessoas negras propõe uma revisão da historiografia branca e elitista.
Gugie Cavalcanti – Brasília (DF), 1983 
Núcleo Organização Já 
Gugie, ou Monique Cavalcanti, apesar de natural de Brasília, cresceu em Florianópolis, onde vive atualmente. Artista visual e grafiteira graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), desenvolve multimídia em diferentes formatos, para contemplar sua proposta de sensibilizar o imaginário: muros, telas, performance e desenho digital são seus caminhos para propor um novo olhar aos corpos e contextos que retrata, estes, advindos de todas as esferas da sua vida, estas entrelaçadas às suas produções e inquietações.
Ros4 Luz – Gama (DF), 1995 
Núcleo Amefricanas 
Formada em Teoria, Crítica e História da Arte pela Universidade de Brasília (UnB), integrou importantes exposições, como o 36º Panorama de Arte Brasileira (Museu de Arte Moderna de São Paulo); Histórias feministas (Museu de Arte de São Paulo) e a 14ª Bienal de Curitiba. Seu trabalho multimídia é marcado pelo tensionamento de padrões hegemônicos e tem caráter autobiográfico, fazendo de seu corpo dissidente – mulher trans negra – uma plataforma contra a violência, o racismo e a transfobia.

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