Que tipo de ansiedade você tem?

A tensão enquanto aguarda os resultados de uma prova, o medo de não ter conseguido, a sensação de estar sob pressão, apreensão… – enfim, ansiedade.

Ocorre que esses estados emocionais podem não se resumir às sensações; eles podem vir acompanhados de incômodos físicos, como dor nas costas, dor de cabeça, náusea, taquicardia, tremores, dificuldade em respirar, tontura etc.

Variando em intensidade e duração, todos esses males estão associadas à ansiedade, que inclui uma variedade de distúrbios.

Embora não exista uma cura definitiva para a ansiedade, a pesquisa neurocientífica está progredindo no desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico e tratamentos mais eficientes.

Um desses progressos acaba de ser alcançado por pesquisadores da Universidade de Trento (Itália), que traçaram uma linha divisória entre diferentes aspectos da ansiedade, o que pode ajudar a encontrar o melhor tratamento para cada manifestação do distúrbio.

Em vez de uma pesquisa comportamental, eles descobriram como monitorar o estado ansioso diretamente por imagens cerebrais.

Ansiedade traço e ansiedade estado

Francesca Saviola e seus colegas concentraram-se no que acontece no cérebro de pessoas com os dois principais tipos da condição: ansiedade-traço e ansiedade-estado, respectivamente a forma crônica temporária e a forma estável da doença.

“Se você está se sentindo muito tenso hoje, mas geralmente está calmo e quieto, tem ansiedade estado alta e ansiedade traço baixa. Considerando que, se você está incomumente quieto, enquanto em geral se sente nervoso, pode ter ansiedade estado baixa e traço alta. Portanto, a ansiedade estado é uma condição temporária, enquanto a ansiedade traço costuma ser uma característica estável de uma pessoa,” detalhou o professor Nicola de Pisapia.

A experiência clínica mostra, entre outras coisas, que indivíduos com ansiedade-traço têm dificuldade em lidar com situações estressantes, correm risco de depressão, têm funções cognitivas alteradas, são menos competitivas socialmente e tendem a desenvolver distúrbios psicopatológicos.

A diferenciação entre ansiedades traço e estado é útil para escolher o tratamento mais adequado para os pacientes e impedir que a condição se torne crônica.

“Nosso estudo deixa claro que é fundamental tratar indivíduos com ansiedade estado para que eles não desenvolvam a ansiedade traço, que é uma condição crônica. Uma maneira de tratá-la é reduzir a ansiedade assim que ela se manifestar, por exemplo usando técnicas de relaxamento, atividade física e outros meios que melhoram o bem-estar pessoal em geral,” esclareceu Pisapia.

Com informações do Diário da Saúde

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