Inadimplência familiar em SP cai, mas endividamento cresce no segundo trimestre de 2024

O aumento é atribuído principalmente aos juros mais baixos, que estimularam o consumo e ao uso do cartão de crédito

A inadimplência das famílias paulistanas apresentou uma leve queda no segundo trimestre de 2024, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). No entanto, o número de famílias endividadas aumentou no mesmo período.  

Menos inadimplência, mais dívidas

A taxa de inadimplência, que representa as famílias com contas em atraso, caiu de 22,1% no primeiro trimestre para 21,8% no segundo. A redução foi ainda mais sutil no número de famílias sem condições de pagar as dívidas, passando de 9,6% para 9,4%.

Em contrapartida, o número de famílias endividadas subiu de 68,5% para 71,2%. O aumento é atribuído principalmente aos juros mais baixos, que estimularam o consumo, e ao uso do cartão de crédito como complemento de renda.

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Impacto da classe social

A queda na inadimplência não foi uniforme entre as classes sociais. Nas famílias com renda de até dez salários mínimos, a taxa caiu de 26% para 25,1%. Já nos lares com rendimentos mais elevados, a inadimplência aumentou de 12,3% para 13,1%.

Cenário econômico favorável

A FecomercioSP atribui a redução da inadimplência ao aquecimento do mercado de trabalho, à desaceleração da inflação, aos juros mais baixos, aos feirões de negociação de dívidas e aos efeitos do programa Desenrola Brasil.

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