Plano de Emergência aborda sequência de ações construídas a partir da experiência no enfrentamento das transmissões anuais de dengue
Com 300 casos confirmados por 100 mil habitantes, o Governo de São Paulo decretou emergência em saúde pública para a dengue nesta terça-feira (5). A medida permitirá ações mais ágeis no combate à doença e a liberação de recursos adicionais do governo federal.
O decreto foi anunciado após reunião do Centro de Operações de Emergências (COE), que monitora a situação da dengue no estado. Segundo a secretária de Estado da Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris, o objetivo é “assegurar a assistência aos municípios e à população”.
Os recursos serão destinados à compra de máquinas de nebulização e insumos, contratação de pessoal e ampliação da capacidade da rede de saúde. O Plano de Ação à Emergência em Saúde Pública prevê ações de vigilância epidemiológica, controle vetorial, assistência à saúde, educação e comunicação.
Dados atualizados até 4 de março mostram que 131 municípios do estado registraram mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Ao todo, 22 municípios paulistas já decretaram emergência.
O Governo de São Paulo vem tomando medidas para conter a dengue desde o ano passado. Entre as ações estão:
- Capacitação de agentes de saúde;
- Campanhas educativas;
- Criação do COE;
- Antecipação do pagamento de R$ 205 milhões aos municípios;
- Lançamento do Painel de Monitoramento da Dengue e do portal Dengue 100 Dúvidas;
- Investimento em automatização de exames no Instituto Adolfo Lutz;
- Distribuição de equipamentos de fumacê aos municípios;
- Campanha publicitária “A água mais mortal pode estar no seu quintal”.
Na última sexta-feira (1), o Governo promoveu o DIA D de combate à dengue, com a adesão de mais de 450 municípios e cerca de cinco mil escolas públicas do estado.
Ações integradas e o Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas, lançado em 2023, têm sido apontados por especialistas como os principais responsáveis pelos resultados alcançados em São Paulo.