Ex-presidente nega acusações e alega perseguição política, prometendo “novidades” em sua defesa
Em uma decisão unânime, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão, tomada nesta quarta-feira (26), aceitou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Bolsonaro e sete aliados de articularem um plano para impedir a transição de poder após as eleições presidenciais.
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Após a decisão do STF, Bolsonaro se manifestou, negando veementemente as acusações. “Parece que tem algo pessoal contra mim. A acusação é muito grave e infundada. Não é da boca para fora, vou demorar um pouco, mas tenho muitas novidades para vocês”, declarou o ex-presidente.
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Bolsonaro criticou a decisão do STF, afirmando que “não adianta botar um decreto na frente do presidente, esta defesa e assinar, está resolvido”. Ele negou ter convocado os Conselhos da República e da Defesa, ou realizado preparativos para um golpe. “Se querem trabalhar com dispositivo nacional, é sinal de golpe. Golpe não tem lei, não tem norma, golpe tem conspiração”, argumentou.
O ex-presidente também questionou a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, afirmando que “ele diz ali que ficou sabendo do ano de janeiro, no dia de janeiro, nos 500 acordos de não persecução penal e nenhum deles que eu tenha reconhecimento alguém cita meu nome”. Bolsonaro ressaltou que estava nos Estados Unidos em 8 de janeiro, data dos atos de vandalismo em Brasília, e que não seria possível destruir o patrimônio público por telepatia.
“Essas prisões absurdas? 17 anos como 14 pra Débora. Se eu tivesse devendo qualquer coisa, não estaria aqui. Fui para os Estados Unidos, graças a Deus, que se tivesse aqui, no Rio de Janeiro, estaria preso até hoje ou morto”, concluiu Bolsonaro.
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