O PSDB, partido que já governou São Paulo por 16 anos, quer “arrumar a casa” antes de definir se irá concorrer ao governo do estado nas eleições de 2026. A sigla marcou para o dia 18 de fevereiro as convenções estaduais, data até a qual pretende regularizar todos os diretórios municipais e definir os nomes que irão disputar cargos eletivos.
O novo presidente do PSDB, Marconi Perillo, disse em dezembro, em entrevista à Veja, que o partido perdeu o espaço para vaidades. “Precisamos recuperar a confiança do eleitor”, afirmou.
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A crise de popularidade do PSDB em São Paulo é resultado, em parte, da associação do partido ao governo de Jair Bolsonaro. João Doria, ex-governador paulista e ex-presidente do PSDB, foi um dos principais apoiadores da candidatura de Bolsonaro em 2018.
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Agora, o PSDB quer se distanciar da extrema-direita e se coloca como a terceira via na capital paulista. O partido avalia três nomes para a disputa pelo governo do estado: o ex-governador Rodrigo Garcia, o ex-vereador Andrea Matarazzo e o ex-secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Marco Vinholi.
Garcia, que é filiado ao PSDB, é o nome mais cotado para a candidatura. Ele assumiu o governo de São Paulo em abril de 2022, após a saída de Doria para concorrer à Presidência da República.
Matarazzo, que foi filiado ao PSDB por 25 anos, mas hoje é do PSD, também é considerado um candidato competitivo. Ele tem experiência na administração pública e é popular entre os eleitores da capital paulista.
Vinholi, por sua vez, é um nome menos conhecido, mas tem o apoio de parte do partido. Ele foi secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo durante o governo de Doria.
A decisão sobre qual candidato irá representar o PSDB em São Paulo será tomada nas convenções estaduais do partido.
Mudança de rumo
A decisão de Perillo de marcar as convenções estaduais para fevereiro é um sinal de que o PSDB quer dar tempo para que o partido se reorganize antes de tomar uma decisão sobre a candidatura ao governo de São Paulo.