Presidente Lula e outros políticos aderem à rede rival de Musk

Em um movimento surpreendente, o presidente Lula e vários outros políticos brasileiros aderiram à Bluesky, uma rede social rival daquela dirigida por Elon Musk. Este movimento ocorre após um crescente descontentamento da esquerda contra Musk.

Conforme foi publicado pela Folha de São Paulo, políticos proeminentes como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já criaram seus perfis na nova rede. Rodrigues enfatizou que “a prestação de serviço não pode transformar-se em imposição de vontade. Quem opera no Brasil tem de respeitar as regras, a democracia e a Constituição. Ameaças não tiram nossa liberdade, nem podem penalizar seguidores por suas posições”.

Ministros da Esplanada, como Jorge Messias (AGU) e Paulo Pimenta (Secom), também aderiram à Bluesky. Pimenta, chefe da Secom, fez críticas veladas a Musk, afirmando que “não vamos permitir que ninguém, independente do dinheiro e do poder que tenha, afronte nossa pátria. Não vamos transigir diante de ameaças e não vamos tolerar impunemente nenhum ato que atente contra nossa democracia”. Ele acrescentou que o Brasil não será “tutelado” pelas plataformas de redes sociais.

Messias, por sua vez, publicou uma foto da constituição e reiterou seu apoio ao STF e aos seus ministros. “Todos os que amam a democracia precisam se unir para defendê-la das ameaças que buscam garrotear a liberdade, nas palavras de Ulysses Guimarães”, afirmou.

As recentes ações de Musk, que incluem ataques ao ministro Moraes e desobediência a ordens judiciais, levaram autoridades a sair em defesa do ministro e do STF nos últimos dias. O magistrado, por sua vez, afirmou que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão”.

O presidente Lula já fez críticas a Elon Musk nos últimos dias, mas sem citá-lo nominalmente. Ele disse que o empresário nunca produziu “um pé de capim no Brasil” e defendeu o STF. “Temos uma coisa muito séria nesse país e no mundo que é se a gente quer viver em um regime democrático ou não. Se a gente vai permitir que o mundo viva a xenofobia do extremismo. Que é o que está acontecendo”, disse, na última quarta-feira (10).

Este movimento marca um momento significativo na luta pela liberdade de expressão e pela democracia no Brasil, e é provável que tenha repercussões significativas no futuro próximo.

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