PAULO ROQUE: O self-made-man, que venceu na Capital Federal

Conheça a trajetória de um candidato à Câmara Federal que é conectado com o cidadão

A voz em defesa do cidadão e do consumidor já foi silenciosa como a de um pacato contribuinte.  Antes de se transformar em um self-made- man, aquele que venceu pelo próprio esforço, Paulo Roque andava de ônibus e só comia refeição à  quilo, hábito que cultiva até hoje. “Tive oportunidade de conviver com Paulo Roque. É uma pessoa simples, que ralou muito, passou por muitas dificuldades para chegar aonde chegou”, diz Ivonete da Silva, que trabalhou com ele no seu início, em Brasília, e uma de suas primeiras clientes na advocacia.

Paulo Roque é, hoje, um dos melhores advogados do país, assim certificado pela publicação Análise Advocacia 500 (os mais admirados).  Ele que nunca ocupou um cargo público, é um advogado estudioso, de reconhecida capacidade técnica e escreveu nove livros (três deles de autoria exclusiva), todos na área que domina como ninguém: o Direito.  Sua última obra, publicada recentemente, traz a tese de seu doutorado: o direito do consumidor na sociedade de informação.

Além de seu talento para a autoria de livros, Paulo Roque também possui expertise em gestão. Há mais de 22 anos, ele administra um dos maiores e mais respeitados escritórios de advocacia do DF, o Roque Khouri e Pinheiro Advogados Associados.  Detentor de uma oratória invejável, de fazer tremer seus adversários na tribuna, ele conquistou um respeitável patrimônio, todo ele declarado, o que é incomum na política. Uma grande conquista para o mineiro que, há 34 anos, desembarcou na Rodoferroviária do Plano Piloto para tentar a vida na Capital ganhando um salário mínimo e meio por mês.

Nos meados dos anos 80, quando deixou Cajuri, pequena cidade da zona da mata de Minas Gerais, Paulo Roque ainda não era advogado, mas já iniciava no jornalismo. Cobrir a constituinte e as comissões parlamentares de inquérito, como a do caso Paulo César Farias, foram suas primeiras realizações profissionais. “Lute pelos seus sonhos e ponha Deus no seu coração. Tenha fé e não desista”, essas foram as palavras que ouviu de sua mãe, Dona Laila, quando decidiu morar em Brasília, depois de concluir o curso de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora.

A meia furada

Os ternos tinham o charme desleixado dos bons jornalistas que, àquela altura, estrelavam os noticiários das TVs. A primeira aventura foi na Record e a segunda com o conceituado jornalista Boris Casoy, famoso pelo bordão “isso é uma vergonha”, repetido em cadeia nacional toda vez que um malfeito na política vinha à tona.

Até então, Paulo Roque era apenas um rapaz, sem dinheiro no bolso, cheio de idealismo a acompanhar as mudanças políticas na mais importante capital da América do Sul. Brasília já tinha ensinado ao jovem repórter que a pior crise não era a que fazia sucesso no momento, mas aquela oculta ainda, sendo gestada em algum gabinete do poder.

O que sobrava do seu salário do SBT, quando à hiperinflação da época permitia, Paulo Roque investia em livros e cultura. Do Centro de Ensino Universitário de Brasília (atual UNICEUB) ganhou uma bolsa para estudar Direito. Ali, logo se tornou um aluno aplicado, formou-se como advogado e se dividiu entre o jornalismo e o estudo para um concurso público, no qual passou.

Pouco antes de ser notificado da aprovação no concurso, Paulo Roque vestiu-se de idealismo, calçou o primeiro par de meias que encontrou em sua gaveta, e com o surrado terno dirigiu-se à redação do SBT. Ali, foi informado, de forma irônica, pelo chefe da ocasião que sua meia, aquela que escolhera com desatenção, estava furada. A ironia com a sua meia veio como preliminar da notícia para a qual não estava preparado: “Paulo Roque lamento, mas você está sendo demitido neste momento”, comunicou o diretor de redação.

Naquele momento, Paulo Roque confessou  que chorou igual  a um menino na frente de seu chefe. O castelo de sonhos do mineiro, que veio se aventurar na Capital Federal só não desabou completamente por uma questão da Justiça, pois  se o jornalismo lhe erguia um muro, o direito abria a porta de seus tribunais.

A virada

A primeira boa notícia veio do concurso público. Fora aprovado para o cargo de Técnico Judiciário, contudo, não aceitou.  Ele preferiu empreender na advocacia. Com ajuda do advogado e seu ex-professor Flávio Ramos, começou sua experiência na carreira. “Abri as portas do meu escritório para o Paulo Roque. Disse a ele que se quisesse trabalhar, se dedicar, ele cresceria e assim fez. Ele obteve sucesso, o que só acontece com pessoas sérias, honestas e verdadeiras. Hoje ele é uma referência no DF e no Brasil. Um advogado de renome por sua competência”, reconhece Ramos.

Trinta anos depois, Paulo Roque tornava-se um dos advogados mais bem sucedidos da capital da República, mas a necessidade de retribuir o que Brasília lhe deu, o levou, em um primeiro momento, à vida acadêmica. Tornou-se renomado professor do curso de Direito e ajudou a formar mais de 15 mil advogados nos cursos do Instituto do Direito Público e do UNICEUB. Além disso, orgulha-se de ter dado aula na Escola Superior da Advocacia, da qual foi indicado diretor por seis anos, na Escola Superior do Ministério Público e também da Magistratura, onde foi o fundador da cadeira do direito do consumidor no antigo Ceub.

O candidato a deputado federal, também foi Conselheiro da OAB de 2000 a 2003. Disputou a presidência da OAB-DF em duas ocasiões; tendo sempre expressivas votações apesar do ‘custo zero’ de campanha que sempre defendia nas eleições da Ordem. Era como se o jovem idealista que migrou para Brasília, reclamasse seu papel no advogado bem sucedido.

Na condição de jornalista, Paulo Roque inaugurou a coluna do direito do consumidor na rede nacional de rádio CBN. Essa experiência revelou mais que um talento para falar com o público. O radialista era capaz de apresentar ideias inovadoras, unindo a experiência do jornalista com a do advogado de sucesso, e se mostrava muito pronto para o debate político.

Essa aptidão desenvolvida nos meios de comunicação, o levou ao desafio de concorrer, em 2018, ao Senado pelo partido Novo. E o resultado foi surpreendente: obteve 202.834 votos.

Em seguida, popularizou ainda mais o código do direito do consumidor em um programa divertido na rádio JK FM. Agora, mesmo realizado financeiramente, já que sempre foi considerado um bom gestor, inclusive na área de finanças, prova disso são seus investimentos, desde os anos 2000 na área imobiliária, Paulo Roque acredita que chegou a hora de fazer mais pela cidade que o acolheu e lhe deu grandes oportunidades.

O presente reflete o futuro

O candidato à Câmara Federal sempre foi considerado, por todos que o conhece, um homem que nunca deixou o dinheiro, que conquistou a duras penas, mudar sua personalidade. Advogado e professor de hábitos simples, há 14 anos, fundou uma escola de música com aulas gratuitas para crianças e adolescentes carentes em sua cidade natal.  Essa instituição, mantida até hoje por Paulo Roque, é proibida, de acordo com estatuto idealizado por ele, de receber qualquer quantia ou espécie de dinheiro público. Aqui em Brasília, ele ajuda, financeiramente, o Hospital da Criança e várias instituições filantrópicas, incluindo Santa Luzia e Sol Nascente, áreas que são consideradas as mais pobres do DF.

O Mestre Doutor em Direito enxerga a política como missão e tem o propósito de retribuir, com uma boa atuação no parlamento, tudo que o DF lhe proporcionou. E avisa: “Vocês não vão se decepcionar comigo e não vou lhes envergonhar. Estou preparado e vou atuar com ética e transparência, sempre conectado com o cidadão“.

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