O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir o diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti, após a operação da Polícia Federal que revelou um esquema de espionagem ilegal dentro da agência.
A decisão foi tomada após pressão de aliados do presidente, que defendem mudanças mais profundas na estrutura da Abin. Há quem defenda uma reformulação geral em sistemas de inteligência do governo para que se tenha melhor coordenação das informações.
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O diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, também está em situação delicada, mas sua demissão ainda não foi decidida.
Os defensores da saída de Corrêa e Moretti argumentam que a operação da PF encontrou diversos indícios de que integrantes da atual gestão da Abin agiram para atrapalhar as investigações, com suspeita de conluio com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante as buscas, os policiais encontraram um celular e um notebook da Abin com o deputado, quase dois anos depois de ele ter deixado a agência. A PF também encontrou, no gabinete de Ramagem, um relatório de inteligência da atual gestão da Abin sobre as investigações da PF.
Exoneração de delegado da PF
O Ministério da Justiça e Segurança Pública exonerou nesta sexta-feira (26) o delegado da Polícia Federal Carlos Afonso Gonçalves da função de coordenador de Aviação Operacional da corporação.
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo secretário-executivo da pasta, Diego Galdino.
Na quinta-feira (25), Carlos Afonso foi afastado das funções por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por ter sido alvo da operação que apura o uso da Abin para monitorar ilegalmente autoridades durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Da Redação com informações de G1 e Valor Econômico