O governador Ibaneis Rocha (MDB) e deputados distritais se articulam com lideranças enquanto não há definição sobre o futuro do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). O principal foco é fazer com que a Câmara dos Deputados mantenha o texto, aprovado no Senado, que tira o fundo do teto de gastos do novo marco fiscal. Os líderes da Câmara se reúnem nesta segunda-feira (14) para decidir se votam o texto ainda nesta semana.
Ibaneis diz que tem conversado com os parlamentares sobre a necessidade de manter o fundo fora do teto e que a bancada do DF tem se mobilizado por causa do assunto. “O custo de sediar a capital do Brasil é elevado e deve ter a participação de todos”, afirma o chefe do executivo.
O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Wellington Luiz (MDB), afirma que o papel da CLDF é fazer articulações e pedidos nos partidos de que os distritais fazem parte, além de conversar com líderes da Câmara dos Deputados e o Executivo. Ele diz que reuniões com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e com o relator do texto, Cláudio Cajado (PP-BA), foram importantes para a primeira fase de negociações.
O deputado afirma que está otimista e acredita que o fundo ficará fora do texto. “De forma organizada, a Câmara está atuando de uma maneira forte e eficiente; por isso, acredito que nós conseguiremos reverter as dificuldades que se apresentam neste momento”, explica.
O distrital Gabriel Magno (PT), autor da Frente Parlamentar em Defesa do Fundo Constitucional do Distrito Federal, acredita que Cajado tem maior resistência em manter o fundo fora do teto e solicitou uma reunião com o relator para tentar convencê-lo do prejuízo do texto.
Magno afirma que o Fundo Constitucional é uma pauta unânime entre os deputados distritais e que todos estão trabalhando pelo mesmo objetivo. Ele diz estar otimista quanto ao resultado, mas que “é importante manter a pressão e a mobilização”.
O deputado Jorge Vianna (PSD), membro da Frente, está movimentando sindicatos de servidores públicos e tenta marcar uma reunião com Lira para “trazer as pessoas para a discussão”. “É importante passar a mensagem para a população de que o objetivo de cobrar o fundo não é apenas por questões salariais”, reforça.