A manifestação pode ser vista como um teste de força do bolsonarismo e deve ter impacto nas eleições de 2026
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reunirá seus principais aliados em um ato político na Avenida Paulista no próximo dia 25 de fevereiro. A manifestação, convocada após o ex-presidente se tornar alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) por supostamente planejar um golpe de Estado, terá a presença de figuras importantes do bolsonarismo, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e diversos parlamentares.
Presenças confirmadas:
- Governadores: Tarcísio de Freitas (SP) e Ronaldo Caiado (GO)
- Senadores: Ciro Nogueira (PP-PI), Jorge Seif (PL-SC), Marcos Pontes (PL-SP) e Magno Malta (PL-ES)
- Deputados: Ricardo Salles (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ), Altineu Côrtes (PL-RJ), Carlos Portinho (PL-RJ), Pedro Lupion (PP-PR), Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS), Pastor Marco Feliciano (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF)
- Outras figuras: Pastor Silas Malafaia (idealizador do ato), Fabio Wajngarten (ex-ministro da Secom) e Tenente Coronel Zucco (deputado federal e organizador do ato)
Ausências:
- Governadores: Jorginho Mello (SC), Gladson Cameli (AC)
- Empresários: Luciano Hang (dono da Havan)
- Ex-ministros: Damares Alves (Mulher), Onyx Lorenzoni (Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Cidadania e Justiça), Sérgio Moro (Justiça)
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Desconforto…
A presença de Tarcísio no ato gera incômodo para o pré-candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que também confirmou presença. Nunes tenta se distanciar do bolsonarismo para ampliar suas chances de reeleição.
E a Damares?
Apesar de ser uma defensora ferrenha do bolsonarismo e ter sido um dos principais personagens que auxiliaram na ascensão do movimento com pautas de cunho ideológico, a ex-ministra da Mulher e atual senadora pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), não irá ao ato de Bolsonaro. Segundo a própria, agendas oficiais para o mesmo dia a impedem de comparecer ao evento. A informação foi publicada no Estadão.
A ausência de Damares chama atenção, principalmente por seu histórico de apoio incondicional ao ex-presidente. Ela foi uma das figuras mais atuantes em seu governo, defendendo pautas como a “ideologia de gênero” e o “tratamento precoce” contra a Covid-19, sem embasamento científico. A não participação de Damares no ato pode ser vista como um sinal de fragilidade do bolsonarismo, mesmo com a presença de outros nomes importantes do movimento.