A greve dos médicos no Distrito Federal, que continua mesmo após uma decisão judicial e a imposição de multas diárias, levanta questionamentos sobre as reais motivações da categoria. O SindMédico-DF afirma que há uma falta de diálogo com o governo, mas essa alegação parece vaga diante dos fatos: recentes reajustes salariais, remunerações acima da média e concursos em andamento. A insistência dos médicos em desrespeitar a Justiça e ignorar as necessidades da população sugere um possível viés político.
Em julho de 2024, todos os servidores públicos receberam a segunda parcela de um aumento de 18%. Segundo o governo local, os salários dos médicos do DF se destacam em comparação com outras áreas do serviço público. O Executivo também argumenta que um novo reajuste para essa categoria poderia comprometer o já delicado equilíbrio das finanças públicas, destacando que muitos desses profissionais recebem mais de R$ 20 mil.
Quanto à demanda por mais concursos e preferência na escolha das lotações, o governo esclareceu que há um concurso vigente com formação de cadastro de reserva sem limitação de candidatos, evidenciando os esforços para nomear continuamente os aprovados.
Será mesmo falta de diálogo?
A decisão do desembargador Fernando Habibe, que proibiu a greve e impôs multas, foi ignorada pela categoria. Parece que os médicos se consideram acima da lei, impondo suas demandas sem levar em conta o impacto que isso causa na população, que já enfrenta dificuldades com a falta de atendimento médico.
A saúde pública não pode ser refém de interesses políticos.