MDR firma parceria com universidades para fomentar crescimento econômico de macrorregiões

Brasília - Incluída no rodízio de abastecimento do DF, a Universidade de Brasília (UnB) está tomando medidas para reduzir o consumo de água, a instituição chegou a adiar o início das aulas no principal campus da instituição em função do racionamento (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Pesquisadores de cinco instituições vão auxiliar no trabalho de gestores municipais

Com o objetivo de fomentar o crescimento econômico em cinco macrorregiões do País, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) firmou parceria com diversas universidades federais. Por meio da iniciativa, cinco instituições de ensino vão elaborar análises e propostas que incentivem o desenvolvimento local. O governo federal afirma que irá investir R$ 649 mil no projeto.

Com exceção da Universidade de Brasília (UnB), que está localizada na capital federal, as outras quatro instituições que compõem o projeto não estão localizadas em capitais. Na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais, os pesquisadores irão analisar a capacidade de gestão fiscal em cidades pequenas no Norte mineiro, na região do médio e baixo Jequitinhonha e no Vale do Mucuri.

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) irá estudar temas ligados à legislação de 21 municípios localizados na região de fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Com isso, pretende-se construir com as prefeituras dessas cidades políticas públicas que beneficiem os moradores dessa região.

Adriana Melo Alves, diretora do Departamento de Desenvolvimento Regional e Urbano (DDRU), diz que a parceria com as universidades federais tem o intuito de subsidiar o trabalho dos gestores municipais no que se refere às principais necessidades dos moradores dessas regiões.

“Esse projeto tem o objetivo de ir além da capacitação das administrações municipais. A ideia é trabalhar com as universidades porque, atualmente, há um rol significativo de instituições de ensino e pesquisa cada vez mais presentes no território nacional. E elas possuem uma estrutura já consolidada”, explica.

Todos esses projetos integram o Programa de Fortalecimento das Capacidades Governativas dos Entes Subnacionais (PFCG). Instituído em 2019, o programa tem o objetivo de mobilizar políticas, ações, instrumentos e parcerias com foco em pequenos municípios e regiões metropolitanas.

Atualmente, o Brasil possui 69 universidades federais. Para o advogado Rafael Moreira Mota, que atua na área de Infraestrutura, o governo federal poderia pensar em mecanismos para expandir o diálogo entre essas instituições para criar metodologias que permitam uma maior integração entre elas.

“O governo federal deveria impor diretrizes para que se tenha a adesão não somente de cinco universidades. Se, por exemplo, 30 universidades tivessem a possibilidade de contribuir para a metodologia do ministério, em grande escala a contribuição seria muito maior.”

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Já a Universidade Federal do Cariri, no Ceará, vai analisar a governança interfederativa na região formada pelas cidades do Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha.

Pesquisadores da UnB vão estudar o grau de dependência de municípios do Centro-Oeste em relação ao agronegócio. Quatro cidades ainda vão ser escolhidas para esses estudos: duas dependentes economicamente de commodities de grãos e duas de commmodities minerais. Já a parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Regional e a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) beneficiará municípios da região do Tapajós, que serão contemplados pela implantação da Ferrogrão, ferrovia que terá 933 km de extensão.

Com informações do Brasil 61

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