Na semana passada, a Secretaria de Saúde anunciou que havia firmado um acordo com o governo federal para envio de 250 mil doses extras ao DF. Desde então, o Ministério da Saúde não confirmou a informação.
O governo de Brasília anunciou que vai acionar a justiça para garantir que o Ministério da Saúde envie lotes extras de vacinas contra a Covid-19 para a capital. De acordo com a Secretaria de Saúde, há um déficit de 290 mil doses entre o estimado pelo órgão e o que foi efetivamente aplicado.
Os imunizantes foram usados na vacinação das Forças Armadas e das forças de segurança do DF por determinação do Ministério da Defesa. Além disso, cerca de 125 mil doses foram aplicadas em pessoas de vários estados, principalmente das cidades do Entorno do DF.
Outro fator que levou o executivo local, entrar com um pedido judicial, foi em decorrência dos seis casos da variante Delta, registrados no Distrito Federal.
A chegada dos primeiros casos da Delta (B.1.1.617.2 – de origem na Índia) no DF, foi anunciado nesta quarta-feira (21) pelas autoridades da Secretaria de Saúde. Sendo, quatro pessoas de Planaltina, uma em Santa Maria e a outra no Plano Piloto foram contaminadas.
CASOS DA VARIANTE DELTA NO BRASIL
Dados do Ministério da Saúde apontam que foram identificados 135 casos da variante Delta do novo coronavírus em circulação no Brasil. Desses, cinco casos evoluíram para quadro grave que resultou em morte. As ocorrências foram registradas no Maranhão (1) e no Paraná (4). Antigamente conhecida como “variante indiana”, essa cepa possui uma taxa de infecção maior do que o novo coronavírus original.
Na semana passada, a Secretaria de Saúde anunciou que havia firmado um acordo com o governo federal para envio de 250 mil doses extras ao DF. Desde então, o Ministério da Saúde não confirmou a informação.
Contudo, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que “nenhuma unidade da federação foi prejudicada” na distribuição de doses.
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De acordo com o GDF, o acordo pelas doses extras foi firmado em reunião tripartite, que tem participação de representantes do governo federal e das secretarias de saúde estaduais e municipais, mas que não contou com a presença de Queiroga.
Em coletiva de imprensa nesta quarta, o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou que o governo deve encaminhar para a Justiça um documento que comprova o que foi firmado no encontro. “Foi tratado e acordado”, reforçou o secretário.
SEM RESPOSTA
No Twitter, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), comentou sobre a ação. De acordo com o governador, o Executivo local já “notificou o Ministério da Saúde diversas vezes”.