As irmãs Kedibone e Kekeletso Tsiloane, originárias da África do Sul, são as fundadoras da Plasti-Bricks, uma empresa administrada exclusivamente por mulheres e dedicada à produção de tijolos sustentáveis, feitos de materiais reciclados.
Além disso, a empresa oferece serviço de gestão de resíduos e reciclagem para auxiliar na prevenção da contaminação ambiental em aterros sanitários.
Desde muito jovens, Kedibone, 32, e Kekeletso, 28, tiveram interesse no ramo da construção civil, visto que o pai dirigia uma construtora que elas estagiaram quando eram adolescentes.
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No entanto, as duas jovens queriam abrir o seu próprio negócio e, graças à sua experiência de trabalho e zelo com a questão ambiental, começaram a conceber uma alternativa de tijolo que utilizasse materiais reciclados.
Assim, as irmãs desenvolveram uma fórmula para fabricar tijolos sustentáveis à base de plástico reciclado e areia, e após vários protótipos chegaram ao “Plasti-Bricks”, versão final do produto.
Eles são resistentes ao fogo, à compressão e garantem maior isolamento e eficiência energética, sendo ideais para edificações com mais de dois andares.
Além disso, para a fabricação do material, as jovens utilizam plástico não-reciclável, que é a sobra do processamento dos recicladores. Essa matéria-prima é aproveitada (ao invés de ser incinerada nos aterros), sendo a base de todo o projeto.
Kedibone e Kekeletso conseguiram ganhar um lugar na indústria de construção do mercado sul-africano desde 2018 e devido à crescente demanda, elas têm contratado mais funcionários todos os meses – homens e mulheres.
As empreendedoras enfatizam que por serem feitos com materiais descartados, os “Plasti-Bricks” criam uma economia ecológica circular na indústria de materiais de construção e reciclagem de plástico.
Para elas, o trabalho dos coletores de recicláveis é fundamental e precisa ser melhor remunerado. “É um trabalho extraordinário e estamos tentando aumentar o valor (do kg) dos itens coletados, garantindo que ganhem melhor e trabalhem menos. […] Nós realmente tentamos trazer dignidade a esse lado da economia porque os coletores e coletoras estão desempenhando um papel muito importante na sociedade”.