Anúncio foi feito após denúncia de corrupção nos EUA
O vice-presidente paraguaio, Hugo Velázquez disse nesta sexta-feira (12) que renunciará e retirará sua candidatura à presidência, depois de ser colocado na lista negra dos Estados Unidos por supostos atos “significativos” de corrupção.
O Departamento de Estado dos EUA acusou Velázquez mais cedo nesta sexta-feira de envolvimento em atos significativos de corrupção.
Um comunicado do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o associado de Valazquez, Juan Carlos Duarte, ofereceu suborno a um funcionário público paraguaio para “obstruir uma investigação que ameaçava o vice-presidente e seus interesses financeiros”.
A propina oferecida era maior que 1 milhão de dólares, afirmou o embaixador do Paraguai, Marc Ostfield, em nota.
Duarte disse que renunciou e que iria cooperar com as autoridades, mas não comentou diretamente as acusações.
“Isso me surpreende. Eu vou me colocar à disposição deles e perguntar informações relevantes”, disse ele à Reuters, acrescentando que renunciou pois “é uma posição pública e preciso honrar as instituições”.
Respondendo à notícia desta sexta-feira, o presidente paraguaio Mario Abdo disse aos jornalistas:
“Dadas as circunstâncias, continuar a candidatura do vice-presidente era inaceitável… Digo-o com dor porque é um amigo, um colega”.
O associado de Valazquez, Duarte, disse à Reuters que também renunciou e vai cooperar com as autoridades, mas não comentou diretamente as acusações.
“Surpreende-me. Vou colocar-me à disposição deles (e) pedir as informações relevantes”, disse, acrescentando que renunciou porque “é um cargo público e tenho que honrar as instituições”.
Os familiares imediatos de Velázquez e Duarte também foram incluídos na lista na declaração de Blinken.
Em julho, o Departamento de Estado acusou o ex-presidente paraguaio Horacio Cartes de “corrupção significativa” e de obstruir uma investigação criminal transfronteiriça. Ele negou as acusações na época como “infundadas e injustas”.