Inquérito da PF descarta envolvimento de Ibaneis Rocha nos atos de 8 de janeiro
Após uma investigação detalhada, a Polícia Federal (PF) concluiu que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não esteve envolvido nos eventos de 8 de janeiro de 2023. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de arquivamento do inquérito, destacando a inexistência de provas que conectem o governador às invasões na Praça dos Três Poderes.
Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se acolhe a recomendação e encerra o caso. Caso a decisão seja favorável, o arquivamento poderá representar o desmonte de uma narrativa mentirosa promovida pelos partidos da esquerda contra Ibaneis Rocha.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), a análise de dispositivos eletrônicos e registros de Ibaneis Rocha revelou documentos oficiais em que o governador repudiava os ataques e solicitava reforço da Força Nacional para preservar a ordem pública e proteger o patrimônio público e privado. Além disso, não foram encontrados indícios de mensagens apagadas.
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As investigações também incluíram a análise de 36 chamadas telefônicas realizadas e recebidas pelo governador no período dos ataques. Segundo a PF, nenhuma das comunicações aponta qualquer tipo de conivência com os atos antidemocráticos. Foi possível mapear, ainda, todas as providências adotadas por Ibaneis antes e durante os eventos, o que reforça sua transparência e alinhamento com a legalidade.
Acusações infundadas e a resposta da justiça
Em janeiro de 2023, o governador foi afastado de suas funções por 64 dias, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, confirmada pelo STF. Durante o período, Ibaneis enfrentou medidas como a quebra de seus sigilos telefônico e telemático, além de buscas e apreensões em seus endereços.
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Tudo isso foi impulsionado, por causa das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista acusou Ibaneis de negligência e conivência com os atos golpistas, afirmando que o governador teria falhado em conter as manifestações. “Ele é cúmplice disso, concordou com isso, negligenciou, não agiu corretamente. Ele não cuidou que a polícia cuidasse das coisas que estavam acontecendo durante todo o período, todas as manifestações, uma semana antes, uma semana depois. Ele era conivente com o caso”, afirmou o presidente em entrevista de um documentário da GloboNews. Contudo, as conclusões das investigações da PF desmentem as alegações.
A defesa de Ibaneis Rocha celebrou o pedido de arquivamento, afirmando que ele reflete o que sempre foi alegado: a inocência do emedebista. “O pedido da PGR é uma expressão de justiça”, declarou a equipe jurídica do governador em nota oficial.