Defesas de Caiado e Mabel surpresas com condenação e consideram sentença desproporcional

Justiça mpõe inelegibilidade e multas; Defesas de Caiado e Mabel contestam decisão

A Justiça Eleitoral de Goiás condenou o governador do Estado, Ronaldo Caiado (União Brasil), a oito anos de inelegibilidade. A decisão, proferida nesta segunda-feira, 9, também determina a cassação da chapa eleita em Goiânia, formada por Sandro Mabel (União Brasil) e Coronel Cláudia (Avante), aliados do governador. Além disso, os três foram condenados ao pagamento de multas: Caiado deverá pagar R$ 60 mil, Mabel R$ 40 mil e Cláudia R$ 5,3 mil.

A defesa de Sandro Mabel afirmou que “recebeu com surpresa a decisão que julgou procedente a ação ajuizada pelo Partido Liberal”. Reafirmou também que “não houve qualquer irregularidade na conduta apontada, tratando-se apenas de uma reunião política realizada na residência do governador, sem desvio de finalidade ou mesmo sem a gravidade que justifique o desfecho apresentado na sentença.”

Em declarações à imprensa, Mabel classificou a decisão da Justiça Eleitoral como “desproporcional” e disse que a reunião com Caiado no Palácio das Esmeraldas “não teve nada a ver com campanha”. “Eu vou cuidar de Goiânia. Essa é uma ação que demora tempo para caminhar. Não vou estar preocupado com a justiça, em função de que os advogados é que têm que se preocupar com isso. Se tiver uma decisão contrária lá na frente, que eu não acredito de forma nenhuma que teremos, é uma decisão da Justiça”, completou.

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Na época do posicionamento do MP Eleitoral a favor da condenação, Caiado enfatizou que eventos de natureza eleitoral são realizados fora do Palácio das Esmeraldas, respeitando “rigorosamente a legislação vigente e as normas estabelecidas pela Justiça Eleitoral”.

Em nota divulgada nesta quarta-feira, a defesa de Caiado afirmou estar surpresa com a decisão e, assim como Mabel, a considerou “desproporcional”. “O evento apurado na ação, ocorrido na residência oficial do Governador, teve como propósito homenagear os vereadores eleitos em Goiânia e iniciar uma relação institucional entre o Executivo Estadual e o Legislativo Municipal”, diz trecho do comunicado.

O texto reitera que não houve, na ocasião, pedido de voto e que as eleições foram sequer mencionadas. “Confiamos que os fatos serão devidamente esclarecidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás, revertendo-se a aplicação da pena de todo descabida”, conclui a nota.

Da Redação com informações da CNN

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