Polícia Civil conclui investigação e aponta negligência e fraude processual em caso de morte de servidora pública após procedimento estético
Após dois meses de investigação, a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), concluiu o inquérito que apurava a morte de uma servidora pública de 44 anos em uma clínica de estética em Goiânia. A vítima faleceu em 30 de novembro de 2024, após sofrer um choque anafilático durante a aplicação de hialuronidase na região abaixo dos olhos.
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A investigação revelou que a clínica, Instituto Biângulo Estética e Saúde LTDA, não dispunha de medicamentos e equipamentos básicos para lidar com emergências, como adrenalina, desfibrilador e ambu. A biomédica responsável pelo procedimento, Quésia Rodrigues Biângulo Lima, também enfermeira e dona da clínica, foi presa em flagrante e indiciada por homicídio com dolo eventual.
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Além da negligência, a polícia descobriu que Quésia e seu marido destruíram as gravações do sistema de monitoramento da clínica após a morte da paciente, configurando fraude processual qualificada. Ambos foram indiciados por esse crime.
Irregularidades na clínica:
A Vigilância Sanitária do Município de Goiânia interditou a clínica após constatar o uso de medicamentos sem registro da Anvisa. A investigação ouviu 15 testemunhas, incluindo funcionários, pacientes e profissionais de saúde que atenderam a vítima.
Alerta para os consumidores
A divulgação da identidade e imagem da indiciada e da clínica foi autorizada pela Polícia Civil, com base na Lei nº 13.869/2019 e na Portaria nº 547/2021 – PC, para alertar a população sobre os riscos de procedimentos estéticos realizados em locais sem condições adequadas de segurança.