Em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo também está sendo avaliada a qualidade da bebida, já classificada como café Especial
Pesquisadores do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Campus Ceres, analisam a adaptação e produtividade de 35 cultivares de café arábica sob condições irrigadas. O objetivo da iniciativa é recomendar as variedades mais adequadas para o município de Ceres, fortalecendo a produção estadual.
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A pesquisa recebeu investimento de R$ 40 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), além de uma bolsa de pós-doutorado.
“O apoio do Governo de Goiás, por meio da Fapeg, foi essencial para identificar as cultivares mais produtivas e adaptadas ao clima e solo goianos. Isso oferece uma nova alternativa econômica aos agricultores, contribuindo significativamente para a diversificação agrícola e desenvolvimento regional”, destaca o professor e coordenador do projeto, Cleiton Mateus Sousa.
Cafeicultura regional
Abril de 2025 marca 10 anos desde o início do plantio experimental. Das 35 cultivares avaliadas, 11 demonstraram melhor adaptação e produtividade elevada. Atualmente, na sétima safra, os pesquisadores continuam monitorando e comparando resultados para garantir estabilidade produtiva.
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A pesquisa também inclui análises sobre o comportamento fisiológico das plantas em diferentes fases (crescimento, floração e frutificação) frente às condições climáticas locais.
Em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), Campus Alegre, também está sendo avaliada a qualidade da bebida, já classificada como café Especial. O coordenador do projeto ressalta o grande potencial produtivo do estado, ainda pouco explorado nacionalmente na cafeicultura.
Segundo ele, os resultados alcançados apontam produtividades até duas vezes maiores que a média nacional, revelando uma oportunidade econômica significativa.
“Com a indicação das melhores cultivares e o desenvolvimento de políticas públicas específicas, Goiás poderá se destacar como grande produtor nacional de café arábica”, afirma Cleiton.
A pesquisa segue com novos ciclos de avaliação previstos para entender melhor as respostas das cultivares às variações climáticas. Uma unidade demonstrativa também está sendo implantada em uma propriedade rural em Ceres, com mudas derivadas do experimento inicial.
A área experimental no IF Goiano permanecerá ativa como referência técnica para produtores locais. O Campus Ceres já disponibiliza o café arábica resultante da pesquisa em seu refeitório, oferecendo aos estudantes e funcionários um produto de alta qualidade diretamente associado ao trabalho desenvolvido pela instituição.