Sociedade civil do DF se une em defesa do Fundo Constitucional contra “ataque covarde” do governo Lula

Entidades prometem entrar com ações populares na Justiça para tentar barrar as mudanças no FCDF. Elas prometem intensificar os protestos contra o governo federal e seus aliados

Associações de classe e outras organizações da sociedade civil do Distrito Federal resolveram sair em defesa do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), para barrar a proposta, que consideram um “ataque covarde” do governo Lula à população brasiliense.

“É uma ação desumana e profundamente injusta”, afirma Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde/DF. “Essa decisão do governo federal impactará serviços diretamente essenciais que sustentam a sociedade brasiliense, como saúde, educação e segurança pública. Não há outro termo que resuma melhor essa atitude do que covardia”.

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Mudanças no FCDF

O governo Lula encaminhou ao Congresso um projeto de ajuste fiscal que prevê mudanças na forma de cálculo do FCDF. A proposta altera o reajuste anual do fundo, que passaria a ser corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), em vez da variação da Receita Corrente Líquida (RCL). Essa mudança pode resultar em perdas de até R$ 800 milhões por ano para o DF.

As entidades representativas da sociedade civil do DF repudiam a proposta do governo e a classificam como um “ataque à população”. Elas argumentam que o FCDF é essencial para manter a qualidade dos serviços públicos no DF e que qualquer redução em seus recursos irá prejudicar a população, especialmente as mais vulneráveis.

As entidades prometem entrar com ações populares na Justiça para tentar barrar as mudanças no FCDF. Elas prometem intensificar os protestos contra o governo federal e seus aliados. Nas redes sociais, vídeos explicativos e hashtags como #DefendaFCDF ganharam força, deixando claro que a população não pretende recuar.

“Arcabouço fiscal” e o FCDF

Esta não é a primeira vez que o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) é alvo de ataques. Durante o governo Bolsonaro, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, também tentou alterar as regras do fundo. No entanto, a proposta foi barrada pelo Congresso após forte pressão da sociedade civil do DF.

O Projeto de Lei Complementar (PLP) criou regras para o teto de gastos do governo federal. Na época, o governador Ibaneis Rocha agradeceu, primeiramente, à classe política do DF, que, segundo ele, “trabalhou unida pela preservação do Fundo Constitucional”.

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