Nome: Getúlio Bernardo Morato Filho | Candidato a Deputado Distrital | Partido Novo – Número 30.001
- Idade: 42 anos
- Profissão: Médico Pediatra
- Naturalidade: Brasília-DF
- Histórico político: Primeira vez candidato
Vida comunitária/projetos: Sou médico pediatra da Secretaria de Saúde há 16 anos, tendo trabalhado nos Hospitais Regionais de Planaltina, Taguatinga, Santa Maria e no Hospital Materno Infantil de Brasília e no Hospital Universitário de Brasília. Sou também Professor Universitário dos Cursos de Medicina da ESCS e do UniCEUB. Trabalhei na linha de frente da COVID-19 e também atendi gratuitamente todos os pacientes com COVID-19 que me procuraram. Fui médico da seleção brasileira de Polo Aquático de 2013 a 2019 e também participei como médico na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas Rio 2016 na Vila Olímpica, lá no Rio de Janeiro. Sou também conselheiro do Conselho Regional de Medicina desde 2018 e tenho duas empresas: uma clínica de pediatria e uma startup de prontuários eletrônicos. Sou filiado do Partido Novo desde 2017 e ajudei a montar o programa de governo do Alexandre Guerra em 2018 e assessorei de forma gratuita a deputada Julia Lucy no mandato dela na câmara distrital.
84Notícias – Porque você se candidatou para deputado?
Dr. Getúlio – Eu sempre participei da política, mesmo que de forma indireta. Mas nesse ano, eu vi que se eu não buscasse participar de forma direta, a saúde continuaria funcionando muito mal, pois os deputados que são eleitos não entendem absolutamente nada de saúde e não fazem o seu papel de fiscalizar o executivo. O resultado é o que estamos vendo atualmente. Não dá pra ficar na inércia vendo o sistema de saúde ser destruído.
84Notícias – Qual foi o seu critério para escolher o partido novo para se filiar?
Dr. Getúlio – O Partido Novo é o único partido que verdadeiramente respeita o cidadão. E não é da boca pra fora, como muitos partidos fazem. O Novo devolveu mais de 80 milhões do fundo partidário. O Novo fiscaliza seus mandatários pra ver se estão cumprindo o que prometeram. O Novo é feito de cidadãos comuns, muitos que já se resolveram na vida privada e que agora buscam contribuir com a sociedade com sua formação técnica. Seria difícil estar em outro partido, pois falam que vão economizar dinheiro público, reduzir impostos, entregar mais pro cidadão, mas entopem o seu próprio gabinete, usam todos privilégios de políticos, usam fundo partidário, participam de rachadinhas, trocam voto por cargos. Que respeito é esse com o cidadão comum que trabalha quase 6 meses pra conseguir pagar os impostos.
84Notícias – O senhor é professor e médico. Como pretende trabalhar pelo fortalecimento dessas áreas?
Dr. Getúlio – A gente precisa concentrar no cidadão: quais são as atuais barreiras que impedem que o cidadão receba um atendimento em saúde e uma educação que supra as necessidades para o seu desenvolvimento. Hoje, temos uma falta de médicos na rede pública de saúde, tanto na atenção primária como na atenção especializada. As condições de trabalho na rede pública são péssimas e o governo hoje paga 1/3 do que paga o mercado privado. O resultado disso é a exoneração de vários profissionais que não estão tolerando mais esse tipo de ambiente, que traz riscos ao cidadão, e uma falta de atratividade nos atuais concursos públicos. No último concurso pra pediatra, 240 pediatras se inscreveram, apenas 123 foram fazer a prova ou foram aprovados e desses, mais de 1/3 são médicos residentes que não podem assumir o concurso. Dos 80 que sobraram, se todos tomassem posse, mais da metade vai pedir exoneração ao perceber as condições que vão atender. Ou seja, nem se todos assumirem, o problema da população será resolvido. Eu tenho 16 anos de secretaria de saúde e só vejo decisões ruins, falta de continuidade de programas e expansão de políticas de saúde ruins, como a expansão do IGES (antigo Instituto Hospital de Base). Em saúde, a gente diz que se o diagnóstico é errado, a conduta é errada. O problema é que os gestores só diagnosticam errado o problema da saúde.
Na educação, o problema é o mesmo. Temos currículos ultrapassados, que não ajudam a criança e o adolescente a entrar no mercado ou ser capaz de continuar seu aprendizado, seja no ensino técnico ou superior ou mesmo continuar sua formação de forma independente. A sensação é que os próprios especialistas em educação não são ouvidos. O mercado não é ouvido pra mostrar quais são as demandas de profissionais. Não dá pra um adolescente terminar o ensino médio sem saber resolver problemas, usando mal os números, não saber uma língua estrangeira, que abriria mercados gigantes, não saber nada de informática. Eu tenho uma experiência muito interessante dentro da Escola Superior de Ciências da Saúde, uma das Escolas de Medicina que eu dou aula. O estudante tem um currículo 100% composto por metodologias ativas: ou seja, ele aprende a estudar, a buscar o conteúdo pra resolver um determinado problema de saúde. E a diferença na formação em relação ao ensino tradicional é assustador. A diferença não é no conteúdo em si, mas na proatividade em resolver problemas. E a adaptação ao mercado público ou privado é bem elevada. Nós temos um compromisso com a primeira infância, para aumentar o número de creches e escola em tempo integral, para que as crianças possam aproveitar esse período sensível de aprendizado e numa mudança curricular que permita com que o estudante se adapte a qualquer tipo de ambiente ao terminar o ensino médio.
84Notícias – Uma vez eleito, como pretende articular suas bandeiras e prioridades regionais dentro da Câmara Legislativa com os outros deputados?
Dr. Getúlio – O Novo tem entende que o estado precisa priorizar três coisas: saúde, educação e segurança. Como distrital, nosso principal papel é fiscalizar o executivo. Não ficar criando mais leis inúteis. Foi isso que faltou nessa atual câmara legislativa. Uma parte dos deputados simplesmente se vendeu ao governo em troca de cargos. A consequência disso é que a câmara não fiscalizou os desvios, a corrupção que deu até cadeia pra secretário de saúde que despachava com o governador. O legislativo não é uma extensão do executivo. O legislativo é a voz da população e as demandas da população devem ser escutadas pra entender o que é o problema de uma comunidade e quais são problemas de todo o Distrito Federal. A expansão da cobertura da atenção primária em saúde é fundamental pra que todos tenham acesso ao sistema de saúde próximo de casa. O cidadão não pode ficar perdido dentro do sistema de saúde, sem saber quem vai atendê-lo. A porta de entrada é a atenção primária pra 85% dos problemas. E a atenção primária deve ser resolutiva. Para isso, é necessário que ela possa ter acesso a exames complementares, acesso a outros especialistas, espaço para que faça tratamentos e procedimentos simples, como uma sutura, um tratamento pra asma, um atendimento inicial pra várias doenças agudas. E com o aumento da atenção primária, é importante que tenhamos locais para internação e para realização de procedimentos mais complexos, que são os hospitais. Cada região com 200 mil pessoas deveria ter um hospital e nesse cálculo, deve entrar a população do entorno, porque sabe-se que ela vai ser encaminhada para receber tratamento. Então, o que eu vou buscar com outros distritais é que eles comecem a priorizar o que o cidadão precisa. Não é pra entupir uma administração regional de comissionados enquanto falta médico e enfermeiro na rede pública. Não é pra ficar negociando cargos por apoio político enquanto mais de 30% das crianças de 0 a 3 anos não conseguem creches em tempo integral.
84Notícias – A descrença na política está cada vez maior. Qual sua estratégia para convencer o eleitor a acreditar nas suas propostas?
Dr. Getúlio – A estratégia é não mudar o que eu sou. Sou um servidor da secretaria de saúde há 16 anos, que sempre trabalhei na ponta, atendendo crianças. Nunca fui de fugir de trabalho. O eleitor está cansado desses que estão aí e mais de 70% dos eleitores ainda não decidiram seus candidatos por uma completa descrença nesses que estão aí. Eu sou um representante do cidadão comum que não aguenta mais pagar tanto imposto e não receber quase nenhum serviço de qualidade. Tenho formação técnica, nunca abri mão dos meus valores e nunca dei rasteira em ninguém pra subir na carreira. Sempre estudei e trabalhei muito e sei que a maioria dos cidadãos busca alguém que possa confiar.
84Notícias – A eleição distrital e federal, muitas vezes serve de trampolim para as eleições ao governo. Ou seja, candidatos lançam nomes para se promover a cargos no executivo. O que você pensa sobre isso?
Dr. Getúlio – O Novo não faz esse tipo de política. Não estamos buscando cargos no governo e também não indicamos ninguém em troca de apoio para o executivo. Eu sou médico e se for eleito, mesmo que seja convidado para ser secretário de saúde, não assumirei o cargo, pois fui eleito para cumprir um mandato de 4 anos como distrital. Esse é o compromisso com meu eleitor. Esse tipo de política precisa acabar.