Apesar do Diretório Nacional do Partido Novo ter outros planos para Paulo Roque, no Distrito Federal, o advogado confirmou que é pré-candidato ao Senado nas próximas eleições. O Presidente Nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, queria que Paulo Roque liderasse uma frente do Distrito Federal, pensando no Palácio Buriti.
Confiante em sua candidatura, Paulo Roque disse que é pré-candidato ao Senado, ressaltando que “a diferença é que o Novo não negocia cargos no governo”. Enfatizou que “se o Partido , tiver coligação com qualquer candidato, a ideia é bem clara: nossa proposta, nossos valores e sem loteamento de cargos dentro do governo. O que é melhor para o DF? Como podemos unir forças para um DF melhor, um DF mais forte, um DF que resolva, sobretudo, o problema das pessoas mais humildes que sofrem hoje com a saúde, sofrem com a educação, segurança, com o transporte sobretudo. Então é esse o propósito, é colocar o cidadão na frente e não os cargos”, garantiu.
LEIA TAMBÉM:
- Declarações de Alberto Fraga causam mal estar no PL; pré-candidatos do partido reagem, confira
- O realizador: Ibaneis vai construir nova ponte sobre lago Paranoá; veja no vídeo
- BRB marca presença em 1ª corrida automobilística realizada em aeroporto no Brasil
- Novo diretor-geral toma posse no Detran-DF
Paulo Roque afirmou que hoje “ tem uma pressão muito grande dentro do NOVO para que ele seja candidato ao governo do DF mas estou aprovado pelo NOVO como pré-candidato ao Senado. Dependendo das circunstâncias, posso dizer a você que uma candidatura minha ao Senado ou ao Governo pode surpreender”, avalia.
Na interpretação do pré-candidato, “há votos, em Brasília, dentro da pesquisa que nós temos com pessoas sintonizadas com o perfil do NOVO, com meu perfil e elas vão mostrar, na hora certa, como essa campanha vai acontecer. O Partido, hoje, em Brasília não pode ser subestimado. O Novo vem com uma nominata completa para federal, para distrital, Senado, e com bons candidatos.”
“Votos só se sabe na urna”
O voto a gente só sabe na urna, o voto ninguém é dono, argumenta Paulo Roque ressaltando que “na última eleição, nenhum candidato do Novo tinha sido testado nas urnas e olha o sucesso que foi. Acho que nesse ano, estamos ainda mais preparados, com mais experiência, para enfrentar essa eleição e podemos apresentar resultados.” Temos uma bancada federal que, todo mundo sabe, da seriedade desta bancada. Pode até questionar alguns eventuais posicionamentos, mas ninguém questiona a seriedade da bancada”, comemora.
Governo de Minas Gerais
“Temos entre os governadores, o mais bem avaliado de todo o País, Romeu Zema, com reeleição bem encaminhada em Minas Gerais”, afirma o pré-candidato do Partido Novo, em Brasília. Ele destaca também o prefeito do Partido, em Joinville (SC), Adriano Silva, que “bate mais de 80% de aprovação com uma gestão fantástica. Onde nós fomos testados, nós entregamos: executivo estadual, executivo municipal , legislativo municipal, legislativo estadual, e legislativo federal.”
Carta de apresentação
Para Paulo Roque, a principal carta de apresentação do Partido, é o próprio Novo. “Nós não só falamos, nós fazemos. Toda a Câmara que tem um representante do Novo, a população sabe que tem um aliado da sociedade ali dentro.” Segundo o pré-candidato, “não dos interesses corporativistas, não daqueles que querem saquear o Estado. Mas um aliado para promover o que a sociedade precisa promover.”
Melhor terceira via
Para a presidência da República, na opinião de Paulo Roque, “ nós temos o melhor candidato, o mais bem preparado, para a terceira via, Luiz Felipe D`ávila. Pode anotar. Ele vai crescer, agora, nas próximas pesquisas. Ele passa a ser a melhor opção depois da desistência do Sérgio Moro (União Brasil) e do papelão do governador João Dória (PSDB), em São Paulo .”Luiz Felipe D`ávila passa a ser, a grande opção de centro do Brasil e nós vamos lutar para que ele tenha o máximo de votos, no Distrito Federal”, prometeu.
Atritos Internos
Questionado sobre os atritos internos no NOVO, por exemplo, a não liberação da legenda para a deputada distrital, Júlia Lucy, em Brasília, Paulo Roque disse que participou ativamente da campanha da deputada na última eleição. Ela veio para o NOVO a nosso convite; quando esteve no mandato torcemos muito para o sucesso dela, mas infelizmente, houveram alguns problemas de relacionamento da deputada com o Partido. Acho que o Partido, e eu faço essa autocrítica, errou de ter feito o desligamento em cima, praticamente nos 45 do segundo tempo, mas houve erro de parte a parte, houve erro de comunicação, e isso não foi bom para ninguém. Desejo pleno sucesso à deputada nos cargos que ele vai disputar, não tenho problema de relacionamento nenhum com ela. Estamos em partidos diferentes e que as bandeiras que um dia a elegeu, jamais sejam discutidas”, afirmou.
Coligação com Reguffe
Na opinião do pré-candidato do Novo, no Distrito Federal, o senador José Antônio Reguffe (PDT/DF) “está perdendo tempo, em não definir que é candidato ao Governo, tem muita gente que tem esperado essa definição dele, nós mesmo do Novo estávamos dispostos a coligar com a candidatura Reguffe, que preserva os valores que o nosso Partido sempre defendeu”.
Defesa do Senador
O candidato do Novo rechaça críticas que são feitas ao senador Reguffe. Na visão de Paulo Roque, quando falam que o senador brasiliense é aquele cara que faz, só economiza e não entrega, ele diz: eu vejo que não é bem assim. Até posso entender que a população faça essa crítica mas quando você faz um trabalho que possa mostrar a população, o trabalho do Regufee, dentro do Senado, não só na produção, mas o que ele conseguiu evitar, você vai ver, que no Brasil , nos últimos oito anos, com uma enormidade de crises e “não tem nada que envolva o senador Reguffe.”
Passados oito anos, com tantas crises éticas no País, em todos os sentidos, corrupção, mensalão, lava jato, ele estava lá , no ápice do poder, dentro do Sendo, e você não viu uma única situação, por mais mínima que seja, que tenha envolvido o Reguffe. Acho que nesse ponto ele protegeu o eleitor que votou nele.
Uma coligação possível
Se o Reguffe decidir ser candidato a governador e formar uma coligação que preserve essa unidade ideológica que o NOVO defende que poderia se formar uma coligação: Novo, União Brasil, Podemos, PSC, não vejo problema algum. Acho que poderíamos fazer essa coligação.”
Avaliação do Legislativo
Questionado sobre quais as carências principais onde o Legislativo pode entrar e ajudar e não tem ajudado Brasília, Paulo Roque foi taxativo:
“Primeiramente, o Legislativo local pode ajudar bastante e, com todo o respeito, como cidadão, tenho sentido que não tem ajudado. Não faz sentido o Legislativo gastar essa montanha de dinheiro que ele gasta. O Legislativo brasíliense, poderia ser muito mais barato. Não faz sentido. É só olhar as tabelas comparativas e você vai ver que o Legislativo de Brasília é o Legislativo gastador”
“O Legislativo não para de gastar”, acentua Paulo Roque. “Enquanto você tem aí 14 mil crianças, sem teto, no Distrito Federal. Enquanto você tem áreas ainda no DF, sem saneamento básico, embora o Distrito Federal tenha, no país, o maior índice de saneamento, a população enfrenta problemas .”
O pré-candidato chamou atenção para os índices recordes de dengue, no DF. “É um absurdo, é a doença de falta de saneamento. O cidadão também tem que colaborar. O Brasil está, hoje, entre os países, com maior número de dengue do mundo. É um número vergonhoso, que nós temos aí.”
Mais uma vez ele alerta para o gasto do legislativo. “Quando você vê esta gastança, no Legislativo local e quando você vê também que o Legislativo Federal poderia gastar muito menos que gasta, é um dos Parlamentos mais caros do mundo.” Na opinião de Paulo Roque, alguns dizem que não resolve, mas o importante é o exemplo.
Classe política chamuscada
“Quando a classe política está chamuscada, tem que ver o que está acontecendo. A classe política quer viver no luxo, quando o País, parte dele, está no lixo”, afirma o advogado candidato.
Renovação do Legislativo
Na avaliação de Paulo Roque, no mínimo, a metade do Legislativo, será renovado, na Câmara Federal. Na Câmara Legislativa, mais de 50% . Não é questão do atual mandatário, a população não gosta de reeleição.”
Relação STF, Palácio e Parlamento
Questionado quanto à sua visão no desgaste entre Legislativo, Presidente da Republica e Justiça, Roque disse que concluiu seu doutorado, estudando a fundo, o judiciário Brasileiro e destacou que o primeiro ponto é que ele não concorda com o inquérito da fake News ser tratado pelo Supremo. “Entretanto, o Procurador Geral disse que é constitucional e também o advogado da União, a época, disse que era constitucional”
Segundo ponto, “ Eu defendo que o nosso modelo constitucional, do Supremo, seja diferente. A minha diferença é que eu não funalizo o debate. A funalização do debate é perigosa. Eles estão julgando, eles tem a liberdade de julgamento, não há crime. Agora, se pegar um ministro que vende decisões, aí é diferente; Você não tem isso, hoje. Você não tem uma prova, não tem nada indicando que houve isso.”
Impeachment de ministro
O advogado e pré-candidato ao Senado, Paulo Roque, pergunta: como é que você vai pedir o impeachment de ministro do Supremo, com base em interpretação de quê? Você não tem crime. “Eu defendo que tudo seja feito dentro da Constituição, com mudanças constitucionais, respeitando o processo legislativo.”
“O modelo que sempre defendi em debates acadêmicos”, acentua o advogado Paulo Roque, “é o modelo de mandato. A corte indicada, com os membros da corte indicados, tenham mandato de onze anos, sem recondução.” E acrescenta que: “nenhum Poder sozinho escolha todos os ministros. É um terço do Judiciário, um terço do legislativo e um terço do Poder Executivo, com mandato de, no máximo onze anos, sem recondução.”
Muito tempo na esfera de poder
Na avaliação de Paulo Roque, um ministro ficar 27 anos, por exemplo o ministro Dias Toffoli, Cassio Marques, que entrou agora, é um excesso, bem como o ministro André Mendonça, que vai ficar mais de 30 anos. “Com tudo isso, nada pessoal contra eles, mas é muito tempo dentro de uma esfera de Poder. Neste caso, vejo que os modelos europeus, são modelos mais compatíveis com a necessidade de oxigenação democrática permanentes destas instituições”, acentua Paulo Roque.
Ativismo judicial
Paulo Roque afirma que é crítico do ativismo judicial. Ativismo judicial, em qualquer lugar do mundo, não é crime*. “Você pode, via mudanças legislativas, fazer com que as questões possam ser melhor resolvidas e evitar essa quantidade de decisões monocráticas. Até pouco tempo, explica, 80 de 100 decisões do Supremo eram monocráticas. Acho que a sociedade vai ter que enfrentar o problema do Supremo mas sem passionalismo, sem funilização, o problema não está no ministro, o modelo é esse.”
Religião na Política
Perguntado qual sua opinião sobre a participação ativa de pastores evangélicos no Governo Bolsonaro, Paulo Roque afirmou que é religioso, praticante, católico, “de ter capela na minha casa, respeito muito a comunidade evangélica, tenho vários amigos, agora, o mesmo que falo para os evangélicos, serve para os católicos.”
Na visão de Paulo Roque, “os valores morais da religião são importantíssimos na política. Sobretudo, os que devem ser mais observados, como o não roubar. Antes de estar nos textos jurídicos, o não roubar sempre esteve como princípio religioso. Não matar, antes dos textos jurídicos é o princípio religioso. E o mais importante de todos, é o respeito ao próximo. Esses valores éticos são valores que enobrecem a vida política, que enobrecem o funcionamento do Estado moderno. Agora não concordo que qualquer religião seja premiada ou punida pelo governante simplesmente por ser a religião preferida do Rei.”
Liberdade de imprensa
Quanto à liberdade de imprensa, Paulo Roque, que também é jornalista, observou que vê muitos profissionais de imprensa que vem sendo atacados por autoridades, enquanto desenvolvem seu trabalho, “mas também existem muitas ameaças que nós não sabemos, que ninguém sabe e que a própria vítima não denuncia.” Destaca que os veículos de comunicação tem uma censura muito cruel, a censura de governos estaduais onde eles praticamente dominam os meios de comunicação, o espaço político da oposição, fica imensamente limitado. Além disso, tem a censura do poder econômico, tem a censura política em toda a atividade jornalística.”
“Não há país no mundo que tenha democracia, sem imprensa livre”, concluiu.
Fonte: Repórter Brasília