Os apoios para os candidatos ao segundo turno da eleição presidencial, que ocorrerá no dia 30 de outubro (domingo), começam a ser definidos. Quem declara votos na chapa Lula-Alckmin (PT-PSB), em sua maioria, defende a democracia e a recuperação econômica, ameaçadas pelo atual presidente Jair Bolsonaro, que para eles teve uma péssima gestão na economia, no campo social e ainda faz ameaças à democracia, ao sugerir o aumento no número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), indicados por ele, para que tenha maioria nas decisões da Corte, numa clara ingerência na separação dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), cláusula pétrea da Constituição.
Enquanto Bolsonaro recebe apoios de pessoas como o ex-goleiro Bruno, condenado pelo assassinato da mãe de seu filho, Eliza Samudio, de Guilherme de Pádua, assassino também condenado da atriz Daniella Perez, do jogador Robinho, condenado na Itália por estupro, entre outros nomes; o ex-presidente Lula recebe apoio de economistas que elaboraram o Plano Real, como Armínio Fraga, da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e da ex-candidata do MDB à presidência, Simone Tebet, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno com 4,9 milhões de votos (4,2%), e de Ciro Gomes (PDT), que ficou em 4º lugar na votação com quase 3,6 milhões de votos (3%), entre outras personalidades.
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Tebet, Armínio Fraga e Marina Silva, eleita deputada federal (Rede-SP), além da declaração de voto em Lula passaram a apoiar mais ativamente a campanha. Os três devem se reunir na próxima segunda-feira (17) com empresários e personalidades que votaram em Tebet e estão em dúvida em quem votar neste segundo turno, para levar a eles a defesa da candidatura de Lula.
A iniciativa do encontro é da advogada Maria Stella Gregori, dos editores Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim, da socióloga Neca Setúbal, da ambientalista Teresa Bracher e de Ana Paula Guerra, segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.
Os novos apoios à chapa PT/PSB para o 2º turno
A chapa à Lula-Alckmin recebeu apoio dos economistas Pedro Malan, Persio Arida e Edmar Bacha, também ligados ao Plano Real. Entre as motivações para votar em Lula, eles citaram a defesa da democracia e do meio ambiente, mas também uma oportunidade de aberturas de diálogo precoce sobre política fiscal.
Além do partido Cidadania que declarou apoio, a chapa Lula-Alckmin recebeu na última sexta-feira ( 7), o apoio do governador de Paraíba e candidato à reeleição João Azevedo (PSB); e também de candidatos aos governso estaduais: Fernando Haddad (PT-SP), Renato Casagrande (PSB-ES), Paulo Dantas (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Jerônimo (PT-BA), Marília Arraes (Solidariedade-PE), Rogério Carvalho (PT-SE), Décio Lima (PT-SC), Fátima Bezerra (PT-RN), Elmano de Freitas (PT-CE), Carlos Brandão (PSB-MA), Rafael Fonteles (PT-PI) e Helder Barbalho (MDB-PA).
O ex-ministro da Saúde, no governo FHC e deputado federal, José Serra (PSDB-SP) também declarou voto em Lula
Apoios a Bolsonaro
Do lado de Bolsonaro estão o senador eleito pelo Paraná, Sérgio Moro (União Brasil), que foi ministro da Justiça do atual governo e saiu denunciando que havia corrupção no governo Bolsonaro; e o promotor Deltan Dallagnol (Podemos), eleito deputado federal, conhecido por sua perseguição a Lula em conluio com Moro, que foi declarado parcial pelo STF.
Também apoiam o atual presidente, o candidato ao governo do Rio Grande do Sul Onyx Lorenzoni (PL); Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR), Carlos Manato (PL-ES), Rodrigo Cunha (União Brasil-AL), Wilson Lima (PL-AM), Capitão Contar (PRTB-MS), Eduardo Riedel (PSDB-MS), Marcos Rogério (PL-RO), Marcos Rocha (União Brasil-RO), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Zema (Novo-MG), Capitão Wagner (União Brasil-CE), Cláudio Castro (PL-RJ), Gladson Cameli (PP-AC), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Mauro Mendes (União Brasil-MT) e Antonio Denarium (PP-RR).