Quarto colocado no pleito, candidato cearense divulgou posicionamento em favor do postulante do PT
O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), que ficou em quarto lugar no primeiro turno das eleições para a presidência da República, anunciou nesta terça-feira (4/10) apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. O candidato acompanhou a decisão do seu partido.
Na publicação nas redes sociais Gomes afirmou: “Gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente as circunstâncias, é a última saída”. O anúncio do candidato cearense foi feito uma hora após o diretório nacional do PDT declarar apoio a Lula em decisão unânime, tomada em reunião realizada de forma semipresencial.
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“Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do país contra projetos de poder que levaram nosso povo a essa situação grave e ameaçadora”, enfatizou Ciro, que acrescentou: “Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias”.
Ciro Gomes também afirmou manifestar o apoio sem pedir cargo em troca. “Adianto que não pleiteio e não aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo. Quero estar livre ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas, como as que propusemos durante a campanha”, salientou.
O candidato do PDT não citou o nome de Lula no pronunciamento e a participação dele na campanha do petista ainda é incerta.
De acordo Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, quem for convidado pelo PT para subir no palanque de Lula, deverá ir. Lupi evitou afirmar como o ex-governador do Ceará vai contribuir com a campanha de Lula, mas afirmou que o ex-governador não irá para a Europa, como fez em 2018. “O Ciro não viajará, ficará aqui no Brasil e já declarou esse apoio”. O dirigente foi convidado pelo PT e deve ir ainda hoje para a capital paulista se reunir com a campanha do candidato petista.
O PDT também anunciou que vai apresentar propostas para incorporar ao plano de governo de Lula. Entre elas o programa de renda mínima de R$ 1 mil por família, o programa que pretende zerar as dívidas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a educação em tempo integral.