O plano de Flávia é disputar o Senado, mas o fato de serem casados pode ser um fator de instabilidade na base de sustentação
O ex-governador José Roberto Arruda (PL), condenado por improbidade administrativa, estará livre para disputar as eleições de 2022.
Segundo o Blog CB Poder, as condenações que mantinham Arruda inelegível, por força de uma liminar vão permitir que ele possa utilizar de seus direitos políticos.
Para que isso fosse possível, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, atendeu a um pedido da defesa de Arruda, com base nas regras da nova Lei de Improbidade Administrativa que entrou em vigor no ano passado.
Martins restabeleceu os direitos políticos de Arruda e suspendeu, enquanto não for julgado um recurso do político no STJ, o veto que o impedir de se candidatar a cargos eletivos. Em 2018 Arruda foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa no caso conhecido como Linknet, um desdobramento da Operação Caixa de Pandora, que revelou o esquema do mensalão do Democratas no Distrito Federal e o levou à condição de primeiro governador a ser preso durante o exercício do mandato.
Livre para concorrer, Arruda terá que torcer para que o STF vote favorável a retroatividade da nova Lei Eleitoral, que na prática beneficiará muitos políticos na mesma condição de Arruda.
No entanto, caso saia vitorioso em algum cargo no Executivo ou no Legislativo, correrá o risco de ser destituído se não acontecer o julgamento pelo STF. Sendo assim, poderá ganhar, mas não levar.
E a Flávia Arruda, sua esposa!
A entrada de Arruda na disputa pelo governo do Distrito Federal afeta a candidatura da ex-ministra Flávia Arruda, também do PL. O plano de Flávia é disputar o Senado, mas o fato de serem casados pode ser um fator de instabilidade na base de sustentação de seu projeto político: a ideia é que um dos dois abra uma das vagas do Senado ou do governo para partidos aliados.