Movimento intitulado Agro Pela Democracia realiza evento na capital na próxima quarta-feira (26), com divulgação de manifesto
Produtores rurais de Goiás se mobilizam para apoio à chapa de Lula e Geraldo Alckmin para as eleições presidenciais de 2022. O movimento é liderado pelo empresário Jalles Fontoura, ex-candidato a suplente de Marconi Perillo (PSDB) ao Senado, e pelo presidente do Sindicato Rural de Nerópolis, Rodrigo Zani. Para eles, a associação entre o termo “agronegócio” e o bolsonarismo não reflete a totalidade do que o segmento econômico representa no país. “O agro não tem dono, é do Brasil”, reforça Zani.
Por isso, o grupo realiza evento do setor na próxima quarta-feira (26) em Goiânia. A intenção é lançar um manifesto, elaborado pelo ex-governador José Eliton (PSB) e aprovado por vários produtores rurais, em defesa do agronegócio e da democracia.
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Rodrigo Zani, que é pequeno produtor, aponta que o movimento, chamado de Agro pela Democracia, busca a defesa de sustentabilidade, equilíbrio, de uma agrocultura que valoriza a ciência e a tecnologia, mas acima de tudo a democracia. Ele aponta desde que surgiu tem recebido apoio de nomes importantes como o ex-ministro Neri Geller, grande produtor de soja.
“Compreendemos o agronegócio desde a agricultura familiar até as grandes agroindústrias. Tudo faz parte da cadeia do agronegócio. Estamos muito preocupados com a questão ambiental, com a estabilidade democrática no país. Por isso apoiamos a chapa Alckmin-Lula”, enfatiza.
Bolsonaro
Rodrigo Zani é crítico da associação direta entre agronegócio e o governo Jair Bolsonaro (PL). Ele aponta que as pessoas precisam entender que a instabilidade na democracia, causada, segundo ele, pelo bolsonarismo, e a crise ambiental, que repercute muito mal no exterior, podem afetar inclusive o grande agronegócio.
“Quem conhece a história do Brasil sabe que daqui a uns anos as pessoas perceberão o mal e a mancha que isso causou no país. Fico triste de ver que parcela do agro se vinculou ao bolsonarismo. Com todo o respeito, mas a história vai dizer. O que nós [do movimento] recebemos de apoio de produtores que vão votar no Lula e Alckmin, mas que estavam com medo de se declararem, é grande. O agro não tem dono. É do Brasil”, arremata.
Fonte: MaisGoiás