Aos 71 anos, Sônia Teresinha dos Santos foi em busca do sonho que a maioria das pessoas pode realizar ainda criança: aprender a ler e escrever.
“Sempre quis estudar, mas nunca tive oportunidade”, diz.
Sua matrícula surpreendeu a direção da escola no município de São Gabriel, no Noroeste do Rio Grande do Sul.
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“Quando chegou o pedido da direção da escola, ‘olha, tem uma senhora de 71 anos que quer fazer o primeiro ano, como que a gente procede?’ Libera, faz o que tiver que fazer, não tem como não ficar feliz com esse tipo de coisa”, lembra o secretário de educação da cidade, Edjor Borges.
Dona Sônia mora na zona rural de São Gabriel. Acorda cedo, antes da 6h, para cuidar da casa enquanto espera a hora mais aguardada do dia: ir para a escola.
Silene Moreira Duarte, professora da dona Sônia, conta que a presença da idosa é vista como motivação para o trabalho e também para aprendizado dos alunos.
“Isso veio pra fortalecer, a gente ficou desmotivado [na pandemia], os alunos em casa com bastante dificuldade. Aí aparece essa pessoa especial na nossa vida, foi pra dar um salto no meu trabalho”, diz.
Murilo, de apenas 6 anos, concorda e acrescenta: “Ela é a colega que todo mundo ama. Quando a gente não sabe a folha, ela sabe. Aí eu ajudo ela quando ela se perde, quando eu estou do lado dela”.
Depois de tanto esperar essa oportunidade, ela não pretende desistir no meio do caminho.