Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu que o governo não tem planos de reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio como medida para segurar a alta do dólar em relação ao real. Em vez disso, ele destacou a importância de aprimorar a comunicação sobre dois pontos cruciais: a autonomia do Banco Central (BC) e a rigidez do arcabouço fiscal.
Haddad ressaltou que a melhor estratégia é esclarecer a população sobre esses temas. “Não vejo nada fora disso: autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal. É isso que vai tranquilizar as pessoas”, afirmou o ministro durante uma coletiva de imprensa no Ministério da Fazenda.
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O dólar fechou a segunda-feira a R$ 5,65 e continuou a subir nesta terça-feira, chegando a R$ 5,68 por volta das 13h. Para enfrentar essa desvalorização do real, Haddad enfatizou a necessidade de melhorar a comunicação com a sociedade.
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Atualmente, as operações cambiais estão sujeitas a uma taxa de 4,38% de IOF para compras no exterior com cartão. A compra de moeda estrangeira em espécie tem uma taxação de 1,1%, que deve ser zerada até 2028. Além disso, até 2022, havia uma taxa de 6% de IOF sobre empréstimos de até 180 dias, mas essa taxa foi eliminada naquele ano.
O Brasil está empenhado em reduzir a tributação sobre o câmbio como parte de seu compromisso para ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Haddad também informou que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira para avançar em um plano de revisão de gastos e cortes de despesas. O presidente está preocupado com a alta da moeda norte-americana e elogiou tanto a autonomia do Banco Central quanto o arcabouço fiscal. O ministro atribuiu os rumores sobre a redução do IOF a “gente interessada” e reforçou que a agenda fiscal está em foco.