Endividamento das famílias do DF cai pelo sexto mês seguido, aponta pesquisa
]Em dezembro de 2024, o índice de endividamento das famílias do Distrito Federal apresentou uma redução de 1,2 ponto percentual em relação a novembro, atingindo o patamar de 67,7%. Este é o sexto mês consecutivo de queda, demonstrando uma melhora na gestão financeira dos brasilienses. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic-DF), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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Apesar da redução no endividamento, a inadimplência, ou seja, o número de famílias com contas em atraso, apresentou um aumento de 0,9 ponto percentual no mesmo período, atingindo 40,7% em dezembro. Esse aumento representa 10.226 novas famílias inadimplentes no DF.
Inadimplência em alta, mas com sinais de desaceleração
Comparando com dezembro de 2023, quando a inadimplência estava em 20,9%, houve um crescimento de 94,7%. No entanto, há sinais de desaceleração nesse aumento, indicando que a situação pode estar se estabilizando.
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O presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, destaca a redução expressiva no endividamento e a estabilização da inadimplência como pontos positivos. “No Distrito Federal temos uma redução expressiva no nível de endividamento das famílias e uma estabilização da inadimplência que, embora num patamar bem elevado, demonstra cautela e uma boa gestão da dívida pelas famílias”, analisa Freire.
Fatores que influenciam o cenário
A melhora no mercado de crédito, com uma redução de 0,4 ponto percentual entre as famílias que não conseguiam quitar suas dívidas, pode estar relacionada ao aumento da empregabilidade no Distrito Federal.
Entre as famílias com dívidas em atraso, 66% possuem renda de até 10 salários mínimos, enquanto 47,7% ganham acima desse valor. Já entre as famílias sem dívidas, a maioria (51,5%) possui renda superior a 10 salários mínimos, e 34% têm renda de até 10 salários mínimos.
Capacidade de consumo em recuperação
Apesar do cenário de alta na taxa de juros, inflação e restrições no crédito, os dados indicam uma melhora na capacidade de consumo das famílias do DF, o que beneficia o varejo local em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em comparação com o índice nacional, onde o endividamento é de 76,7%, o DF apresenta um nível 9 pontos percentuais menor, demonstrando uma situação mais favorável.