O rendimento adicional para empregados com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores pode ser pago em parcela única, até 30 de novembro, ou em duas parcelas, sendo a segunda efetuada até 20 de dezembro. Mas com a chegada do fim do ano, a tendência é de maiores gastos devido às comemorações natalinas e de ano novo, e saber administrar o dinheiro pode fazer o 13° salário render.
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Este ano, os trabalhadores aptos a receberem o 13°, reúnem 87,7 milhões de pessoas e vão receber, em média, um valor de R$ 3.057, de acordo com a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13 de julho de 1962, garante que os beneficiados possam receber o 13° salário em parcela única, entre 01 fevereiro a 30 de novembro, ou em duas parcelas, onde o depósito da segunda deve ocorrer até 20 de dezembro. Além disso, o trabalhador poderá ter adiantamento da primeira parcela do 13° por ocasião das férias, caso solicitado pelo empregado até janeiro, ou posteriormente, baseado na negociação entre a empresa e o funcionário.
O benefício é bom e traz alegria aos trabalhadores brasileiros, mas é necessário saber administrar o salário e gastar de forma consciente. O exagero e a falta de domínio sobre o dinheiro ganho pode fazer do acréscimo salarial dívidas extrapolantes, ainda mais neste fim de ano, onde a tendência é de maiores gastos devido às festas de natal, presentes e comemorações de ano novo.
Segundo levantamento de dados realizado pela Serasa em outubro de 2023, o Brasil tem R$ 71,95 mil pessoas inadimplentes, ou seja, que deixaram de pagar as dívidas ou contas dentro do prazo. Ao todo, o valor das dívidas reúnem R$ 376,8 bilhões, estando o Rio de Janeiro, o Amapá e o Distrito Federal respectivamente como os três primeiros da lista de ranking com população mais inadimplente.
A Doutora em Economia da Estácio Brasília, Polliany de Carvalho, explica que para evitar entrar em 2024 no vermelho, o ideal é alocar o 13° em bens e serviços difíceis de comprar ou adquirir com a renda fixa prevista ao longo do ano. “É possível fazer render e até multiplicar o valor do 13° salário. Caso ele não seja suficiente para adquirir o que planeja, pode ser viável alocar em um investimento ou ativo financeiro que gere renda e agregue o valor investido, como, por exemplo, poupança, CDB ou até ações no mercado financeiro e títulos do tesouro”, relata.
De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o pagamento é efetuado de acordo com o cálculo da divisão do salário integral por 12 e a multiplicação do resultado pelo número de meses trabalhados, mas vale ressaltar que, neste cálculo, é considerado como um mês inteiro o prazo de 15 dias trabalhados.
A Economista ainda explica que a melhor proposta para economizar e fazer o recurso render dependerá do perfil do agente econômico e de sua disposição em assumir riscos, bem como o tempo que deseja deixar o valor investido. Dessa forma, os beneficiados terão capacidade de garantir maior poder de compra, rendendo e agregando valor.