Arrecadação da União bate recorde em julho, impulsionada por fatores atípicos

 

A arrecadação federal atingiu um novo marco histórico em julho, alcançando R$ 231,04 bilhões, representando um crescimento real de 9,55% em relação ao mesmo período do ano anterior. O acumulado de janeiro a julho também registrou o melhor desempenho da série histórica, totalizando R$ 1,53 trilhão, com alta real de 9,15%.

Os dados divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (22) revelam que o resultado positivo foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo o bom desempenho da atividade econômica e receitas atípicas, como a tributação de fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior.

Receitas administradas pela Receita

As receitas administradas pela Receita Federal também apresentaram crescimento expressivo, totalizando R$ 214,79 bilhões em julho, um aumento real de 9,85%. No acumulado do ano, a arrecadação chegou a R$ 1,45 trilhão, com alta real de 9,07%.

Fatores que impulsionaram a arrecadação

Além do bom desempenho da economia, a arrecadação foi beneficiada por fatores atípicos, como:

  • Tributação de fundos exclusivos: A nova lei que alterou a tributação de fundos de investimentos fechados e da renda obtida no exterior gerou uma arrecadação extra de R$ 13 bilhões no acumulado do ano.
  • Atualização de bens e direitos no exterior: A regularização de ativos no exterior por pessoas físicas resultou em uma arrecadação adicional de R$ 7,49 bilhões.
  • Retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis: A reoneração das alíquotas do PIS/Pasep sobre combustíveis contribuiu para evitar perdas na arrecadação.
  • Prorrogação de prazos para recolhimento de tributos no Rio Grande do Sul: A situação de calamidade pública no estado gerou uma receita extra de R$ 700 milhões em julho, devido à postergação de pagamentos de tributos.

Impacto da calamidade no Rio Grande do Sul

Apesar da receita extra em julho, a calamidade pública no Rio Grande do Sul resultou em uma perda de arrecadação estimada em R$ 7,3 bilhões no acumulado do ano, devido ao diferimento de tributos federais.

Outros destaques da arrecadação

  • PIS/Pasep e Cofins: O conjunto apresentou crescimento real de 22,04% em julho, impulsionado pelo retorno da tributação sobre combustíveis e pelo aumento da atividade econômica.
  • IRPJ e CSLL: A arrecadação cresceu 6,2% em julho, refletindo o bom desempenho do lucro das empresas.
  • Receita Previdenciária: O aumento real de 6,04% em julho foi impulsionado pela alta da massa salarial e pela postergação de pagamentos no Rio Grande do Sul.

Indicadores macroeconômicos

Os principais indicadores macroeconômicos também contribuíram para o resultado positivo da arrecadação, com destaque para o crescimento da venda de bens e serviços, da produção industrial, das importações e da massa salarial.

 

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