Deputado André Fernandes terá que pagar por microfone quebrado durante pronunciamento

André Fernandes (PL-CE) danificou o equipamento na última terça-feira; direção da Casa decidiu cobrar por prejuízo

A direção da Câmara dos Deputados irá cobrar do bolsonarista André Fernandes (PL-CE) o valor de R$ 1600 pelo microfone quebrado pelo deputado na última terça-feira. Na ocasião, o parlamentar que é investigado por suspeita de ter incentivado os atos golpistas do dia 8 de janeiro, se exaltou durante um pronunciamento na tribuna e deu um tapa no equipamento da casa.

O aparelho está em avaliação técnica para saber se precisará ser substituído ou se o conserto é possível. De acordo com a Casa, o microfone é composto por três partes — uma cápsula responsável por captar o som, a haste que sustenta e a almofada de revestimento. A parte danificada foi a cápsula.

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Fernandes fazia um discurso com críticas ao ministro da Justiça Flávio Dino, que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime contra cinco deputados e dois senadores bolsonaristas. O ministro se tornou alvo de notícias falsas desde a sua visita no Complexo da Maré.

— Em qualquer lugar, vão para o STF — disse Fernandes aos gritos, mesmo sem estar entre os citados por Dino na queixa-crime. — Para que serve essa tribuna? — questionou, dando um tapa e quebrando o microfone.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que presidia a sessão, criticou a postura do colega de Casa:

— Vossa excelência não tem o direito de estapiar ou atuar de forma a prejudicar qualquer bem próprio da Casa. Peço que registre o meu pronunciamento aqui contra o gesto do deputado que acabou empurrando violentamente o microfone na tribuna, não será tolerado — afirmou a petista.

Deputado eleito com mais votos no Ceará, André Fernandes foi incluído pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no rol dos investigados pela suspeita de ter incentivado os atos golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro em Brasília. O parlamentar divulgou um vídeo no Twitter contra Lula e convocou apoiadores para as manifestações que culminaram na depredação do patrimônio público.

Fonte: O Globo

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