Coluna Saúde ao pé do ouvido| Osteoporose, exercício físico e auriculoterapia, por Gisele Pena

A osteoporose é uma doença, geralmente, relacionada ao processo de envelhecimento.

Os ossos que formam nosso esqueleto estão em constante processo de renovação, já que sua estrutura é absorvida e sintetizada de forma permanente; mas com o envelhecimento, a velocidade de absorção dos ossos aumenta e supera a de formação.

Portanto, ela é caracterizada por alteração na microestrutura e redução da massa óssea, o que torna os ossos mais frágeis e aumenta o risco de fraturas. Cerca de 10 milhões de brasileiros são acometidos, sendo que uma a cada três mulheres acima dos 50 anos tem osteoporose. O maior acometimento das mulheres está relacionado a menopausa, fase em que há uma queda significativa na produção dos hormônios sexuais, em especial o estrógeno que exerce efeito protetor sobre a saúde óssea.

Apesar do desenvolvimento de vários medicamentos para tratar a doença, a prevenção ainda é a melhor opção. Neste sentido, a prática de exercício físico é uma opção muito acessível, de baixo custo e contribui de maneira significativa para a saúde óssea.

Durante o exercício, ocorre transmissão de força ao esqueleto, gerando sinais mecânicos de tensão sobre os ossos. A prática regular de exercícios faz com que essa tensão seja aplicada aos ossos com frequência e uma série de respostas começa a acontecer, levando ao aumento da atividade de células denominadas osteoblastos, que depositam massa óssea.

Mas será que qualquer tipo de exercício contribui para a formação do osso?

Bom para começar, é necessário que a atividade praticada provoque uma carga mecânica maior que a das nossas atividades diárias (como arrumar a casa, andar até o ponto de ônibus). Em segundo lugar, os exercícios de força, como a musculação e aqueles com descarga de peso como corrida, pular corda, saltar são os melhores para aumentar a massa óssea, de acordo com as pesquisas.

Por fim, os estudos clínicos mostram que atividades aeróbicas de longa duração como natação e ciclismo, por exemplo, apesar de muito benéficos para saúde no geral, não são atividades que produzem um estímulo adequado para a formação óssea. Se você tem alguma contraindicação para a realização de exercícios de força e/ou de impacto, não desista! Você pode ter benefícios para a saúde com outras modalidades.

É sempre melhor manter-se ativo que sedentário!

E a auriculoterapia? Pode ajudar na saúde óssea? Sim, o método poderia ser usado como adjuvante no tratamento da osteoporose. Na visão da Medicina Chinesa, a estimulação do ponto do rim contribui para melhorar a saúde óssea. Também podemos dar aquela forcinha na disposição e ânimo para que você ir se exercitar, além de atuar em outros fatores que estejam contribuindo para a evolução da doença, como o hábito do tabagismo, por exemplo. Mas é fundamental que tenha acompanhamento médico, investigue a causa da sua doença, adote hábitos saudáveis de vida.

Cuide bem dos seus ossos!

Por @gisele_pena
Fisioterapeuta
PhD e MSc em Ciências Biológicas (Fisiologia)
Auriculoterapeuta
Email: [email protected]

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