Para homenagear os 168 anos do Corpo de Bombeiros Militares e os 60 anos do 1º Grupamento de Bombeiros Militar do DF, a Câmara Legislativa realizou, nesta sexta-feira (21), uma sessão solene com a entrega de moções de louvor a membros da corporação. A iniciativa da cerimônia é do deputado Roosevelt (PL), que é subtenente veterano da instituição.
O parlamentar falou do orgulho de ser um representante dos bombeiros na Casa de Leis e do prestígio que os militares têm junto à sociedade. “No aniversário do Corpo de Bombeiros, não só nós, integrantes da corporação, estamos de parabéns, mas toda a sociedade, porque ela sabe que tem guardiões, pessoas que estão dispostas a sacrificar a vida pelo próximo. Nós cumprimos uma missão bíblica”, afirmou.
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O capitão de Mar e Guerra Damasceno lembrou que que a história dos bombeiros está atrelada à Marinha do Brasil. Ele narrou que, em 1797, foi determinado pela Rainha Maria I que o arsenal de marinha do Rio de Janeiro fosse o responsável pela extinção de incêndios na cidade do Rio de Janeiro, o que, anos mais tarde, ensejou a criação de uma instituição própria com essa finalidade. “Temos laços de amizade, respeito, admiração e relacionamento institucional”, afirmou o militar.
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Um ponto destacado na cerimônia foi a participação de bombeiros militares do DF no socorro às vítimas da tragédia climática do Rio Grande do Sul. O comandante-geral do CBMDF, Coronel Sandro Gomes, afirmou que a corporação cedeu 47 homens que têm atuado na linha de frente de resgate nos alagamentos. O militar contou ainda que a instituição também tem representantes atuando na floresta amazônica e no pantanal.
“O Corpo de Bombeiros do DF não é apenas de Brasília, mas do Brasil. Temos gente no Rio Grande do Sul e em outros estados, atuando junto à Força Nacional. Somos mais de 6 mil homens no DF dano o melhor para a sociedade”, afirmou.
Para Alexandre Patury, secretário-executivo de segurança pública do DF, a corporação tem honrado a instituição criada por Dom Pedro II, deixando um legado de patriotismo e amor à nação. “Vocês arriscam a vida por um desconhecido. Isso é amor à causa, amor às pessoas. Apagar um incêndio florestal é amor à terra”, declarou.
Roosevelt destacou que os bombeiros militares não apenas realizam tarefas complexas e perigosas, mas também protegem o meio ambiente, o patrimônio e as vidas dos cidadãos, muitas vezes arriscando suas próprias vidas. Para o distrital, o lema “vidas alheias e riquezas salvar!” reflete o compromisso com a missão de servir e proteger. “O que vocês fazem nos orgulha”, arrematou.
Ao final da sessão solene, o parlamentar entregou moções de louvor a 35 integrantes da corporação em reconhecimento aos serviços prestados à sociedade. A cerimônia teve transmissão ao vivo pela TV Câmara Distrital e pelo YouTube da CLDF.
História
A criação do Corpo de Bombeiros no Brasil tem como marco a data de 2 de julho de 1856, quando o Imperador Dom Pedro II assinou o decreto que estabeleceu oficialmente a primeira corporação de bombeiros no país. A necessidade de uma resposta organizada a incêndios tornou-se evidente após o grande incêndio da Igreja da Sé em 1821, no Rio de Janeiro. Este acontecimento evidenciou a necessidade de constituir uma força dedicada ao combate a incêndios na então capital do Império.
Sob a liderança de Dom Pedro II, a corporação de bombeiros do Rio de Janeiro começou suas atividades com um contingente pequeno, utilizando bombas manuais e carruagens puxadas por cavalos. Com o tempo, os bombeiros investiram na profissionalização e modernização da força, que gradualmente incorporou novas tecnologias, como bombas a vapor e veículos motorizados. Este desenvolvimento não se restringiu ao Rio de Janeiro, mas serviu de modelo para outras cidades brasileiras, acompanhando o crescimento urbano e a necessidade de serviços de emergência mais eficientes.
Hoje, o Corpo de Bombeiros está presente em todos os estados do Brasil, desempenhando atividades de combate a incêndios, resgates, salvamentos e prevenção de desastres.