Fiocruz entregará 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford ao SUS neste semestre

O diretor informou que a eficácia da vacina de Oxford é de 70,4%, chegando até 82% após a segunda dose

Em audiência pública da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do Distrito Federal para debater a vacina Oxford/AstraZeneca, na noite desta quarta-feira (20), o diretor do laboratório Bio-Manguinhos, que produz as vacinas da Fiocruz em escala industrial, Maurício Zuma, disse que o órgão terá capacidade de produzir 1,3 milhão de doses diárias. Segundo o diretor, o compromisso é entregar até 100,4 milhões de doses no primeiro semestre deste ano e outros 110 milhões de doses no segundo semestre ao Sistema Único de Saúde (SUS). O encontro foi transmitido ao vivo pela TV Web CLDF e pelo portal da Casa no YouTube.

Zuma destacou que o laboratório foi escolhido pela AstraZeneca para fazer a produção, distribuição e incorporação da tecnologia da vacina de Oxford devido à sua infraestrutura, capacidade e experiência acumulada em 44 anos. Ele citou a eficácia de 70,4%, que sobe até 82% após a segunda dose, e a segurança da vacina Oxford na prevenção da Covid-19, ao alegar que não houve nenhum caso grave ou hospitalização dos voluntários que tomaram a vacina, a qual necessita de armazenamento entre 2ºC e 8ºC, a mesma da rede de frios do SUS.

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Ainda de acordo com Zuma, as instalações estão prontas para receber da China o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para produção das doses do imunizante. Por contrato de transferência de tecnologia, o IFA será totalmente produzido em Bio-Manquinhos no segundo semestre, adiantou o diretor.

Esforços coordenados

Ao responder aos questionamentos feitos pelos parlamentares, Maurício Zuma opinou que os esforços dos estados e do DF devem ser coordenados com o programa nacional de imunizações para que não haja dificuldades e complicações quanto à farmacovigilância, devido às diferenças entre as tecnologias das vacinas e os espaçamentos entre as doses, entre outras variáveis.

Ele esclareceu ainda que a AstraZeneca é a empresa responsável pela remessa do IFA ao Brasil e o atraso no envio desta matéria-prima, nesta semana, se deveu à burocracia. Por outro lado, ele acredita que até o final de abril cerca de 50 milhões de doses serão entregues ao Ministério da Saúde, conforme o planejado.

Coronavac

Arlete Sampaio anunciou que a CESC debaterá, ainda neste mês, a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório SinoVac em parceria com o Instituto Butantã. Segundo a Secretaria da Saúde, o DF recebeu, até o momento, 106.160 doses da vacina Coronavac, que vão imunizar cerca de 53 mil pessoas.

*Com informações da Câmara Legislativa-DF

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