Reforma da Feira Central de Ceilândia começa pelo telhado

Comerciantes já comemoram o fim das goteiras e a volta do conforto em um dos espaços mais tradicionais do DF; investimentos em todo o setor somam R$ 30 milhões

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), deu início à reforma da Feira Central de Ceilândia, uma das mais tradicionais do DF. As obras começaram pelo telhado, que ganhou reforço para dar fim aos vazamentos que causavam desconforto aos comerciantes e frequentadores, principalmente nos períodos de chuva.

Em visita a Ceilândia, nesta terça-feira (24), o governador Ibaneis Rocha visitou a feira, uma das 38 que estão recebendo do GDF cerca de R$ 30 milhões para melhoria de acessibilidade e modernização. A proposta de recuperação é manter a tradição de comércio popular desses equipamentos públicos que geram emprego a cerca de 17 mil famílias.

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“Tenho a alegria de dizer que estamos iniciando a reforma da Feira Central, um marco da nossa cidade, entregue totalmente reformada com o apoio dos feirantes. Estamos trabalhando para que em um curto prazo Ceilândia tenha todas as feiras reformadas”, disse o governador.

A manutenção do telhado já está 75% executada. A próxima etapa é fazer a pintura interna dos boxes. Ao custo de R$ 723.704,70, também está prevista a recuperação dos alambrados, a recuperação e a pintura dos pilares metálicos, a reforma dos banheiros, a modernização da iluminação interna, a pintura externa e a platibanda – que é a moldura ou faixa horizontal na parte superior da construção, cuja finalidade é esconder o telhado, as calhas, a caixa d’água e outros materiais de construção.

Tradição

Nos idos de 1973, após a inauguração de Ceilândia, três feiras concentravam quase todo o comércio local: uma na região central, outra onde atualmente fica a Feira da Guariroba, e mais uma na antiga Vila do Pedrosa. Para facilitar o acesso dos moradores, os feirantes decidiram reunir-se todos no centro da cidade, formando ali a Feira Central de Ceilândia.

Noêmia Araújo, 59 anos, trabalha na Feira Central há 28 anos. Comerciante de frutas, ela lamenta o desconforto causado pelas goteiras do telhado e o quanto isso espanta a freguesia cativa.

“A feira é muito tradicional em Ceilândia, mas a falta de investimentos na manutenção fez com que as pessoas passassem a preferir outros lugares mais atraentes, principalmente para comprar frutas e verduras. Aposto que com a reforma as vendas voltam a melhorar”, acredita a feirante.

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