Uma transformação notável está ocorrendo na comunidade do Sol Nascente/Pôr do Sol, região administrativa do Distrito Federal. De acordo com os resultados recentes da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), coletada entre maio e dezembro de 2021, apenas 30,4% da população local tinha acesso a fossa séptica em suas residências. Contudo, num curto período de dez meses, essa realidade de saneamento precário foi completamente revolucionada.
A região, que atualmente abriga 93.217 habitantes, viu a implantação de uma rede abrangente de esgotamento sanitário beneficiando cerca de 90 mil moradores. Isso representou uma mudança substancial nas condições de vida, substituindo as fossas antigas por uma infraestrutura moderna e funcional.
Para alcançar esse feito, o Governo do Distrito Federal (GDF) investiu um total de R$ 67.689.396,90 desde a criação da região administrativa em agosto de 2019. trechos 1, 2 e 3 da comunidade. Atualmente, o foco das obras está direcionado ao Trecho 3.
Merci Alves da Paz, um residente que testemunhou as melhorias ao longo das últimas duas décadas, comemorando a evolução. Ele destaca: “Era tudo fossa, não tinha esgoto. Agora tem e melhorou demais. O governo realmente fazia esse problema. Estamos falando de esgoto, mas percebo uma benfeitoria geral”.
A expansão da rede de esgoto incluiu a construção de 192 mil metros de canalização e a implementação de seis estações elevatórias de esgoto bruto (EEBs) pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Além disso, o interceptador, responsável por direcionar o material coletado para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Melchior, em Samambaia, passou por uma restauração. Também foi estabelecida uma nova rede de abastecimento de água.
As estações elevatórias têm a função de transportar o esgoto coletado que está abaixo do nível do interceptor, bombeando-o para um ponto mais elevado, a fim de ser encaminhado para o tratamento. Isso foi uma solução necessária devido à topografia desafiadora da região, com seu relevo irregular e presença de água.
Superar os obstáculos geográficos não foi o único desafio enfrentado. De acordo com Mauro Coelho, gerente de Implantação de Obras Oeste-Sul da Caesb, o crescimento rápido da cidade também exigiu um acompanhamento constante no planejamento. “Tínhamos um planejamento inicial da obra. Só que, com o crescimento acelerado da cidade, tínhamos que compatibilizar o projeto ao mesmo tempo que a obra estava em execução. Isso dificultou bastante”, explica.
Além da substituição das fossas por um sistema de esgoto moderno, as melhorias têm impacto na qualidade de vida da comunidade. Ruas pavimentadas e sistema adequado de saneamento têm estimulado o comércio local e facilitado a mobilidade.
O administrador do Sol Nascente/Pôr do Sol, Cláudio Ferreira, ressalta a importância fundamental do saneamento básico para a saúde e aprendizagem da comunidade. Ele afirma: “Esse trabalho da Caesb traz atração, humanização e acima de tudo autoestima para os moradores de cada setor que está recebendo a infraestrutura”.