Paulo Octávio não é um JK; quase sempre se deixa ser levado por Arruda

Paulo Octávio, pode ceder novamente ao ex-governador José Roberto Arruda, que deseja vê-lo como seu vice em uma possível chapa para concorrer ao Buriti

O homem que fala com entusiasmo e alma de Juscelino Kubitschek, o empresário de sucesso Paulo Octávio, casado com a neta do fundador de Brasília, está longe de alcançar as mesma habilidades políticas do ex-presidente da República.

Nos últimos tempos, PO como é conhecido pelo mundo político brasiliense segue cheios de dúvidas, se ficará com Ibaneis, a quem jurou fidelidade nos últimos quatro anos, por conta das benesses do governo ou se estará ao lado de José Roberto Arruda.

Em 2018, rejeitou o convite do então governador, Ibaneis Rocha, que queria tê-lo como candidato a senador na sua chapa majoritária.

LEIA TAMBÉM:

Antes, um convite também havia sido feito a Anna Christina Kubitschek Pereira, neta de Juscelino Kubitschek e esposa de Paulo Octávio, mas ela desistiu a pedido do marido, de ser a vice do emedebista naquela ocasião.

Também, quem poderia acreditar que o desconhecido Ibaneis, que só tinha dois por cento as intenções dos votos, pudesse derrotar no 1º turno nove candidatos ao Buriti e ganhar, no 2º, do então governador e político Rodrigo Rollemberg (PSB)?

Claro, que PO, era um dos muitos incrédulos. Se nos negócios o empresário Paulo Octávio é cirúrgico, se tornando um dos homens mais ricos de Brasília, na política ele erra frequentemente, apesar de ter sido duas vezes deputado federal, senador pelo DF em 2002, e vice-governador em 2006.

Em 2009, chegou a assumir o comando do Buriti, com a queda de Arruda, mas não conseguiu apoio suficiente para continuar no cargo de governador efetivo e renunciou aos 13 dias.

Até 24 horas antes, do anúncio feito pelo governador Ibaneis Rocha(MDB), sobre a sua chapa majoritária, com a qual irá disputar a reeleição, PO como é conhecido no mundo político brasiliense, jurava que o seu partido seguiria firme com a reeleição do emedebista.

A presença de PO na reunião, ocorrida na casa do governador na última terça-feira, foi apenas para pedir mais prazo para que o casal Arruda (Flávia e Roberto) se decidisse se ficariam ou não ao lado de Ibaneis.

Para ficar 100% limpo, dos descaminhos cometidos, os quais levaram à sua inelegibilidade, Arruda depende do julgamento no STF, marcado para o dia 3 de agosto, o qual irá tratar da validação da retroatividade da Lei da Improbidade.

A movimentação de Arruda, anunciando a sua candidatura ao Buriti, fez Ibaneis agir rápido no anúncio da chapa que deixou de fora a deputada Flávia Arruda (PL), que havia sido anunciada em dezembro do ano passado como a sua companheira de chapa na posição de pré-candidata ao Senado.

Apesar da decisão, Ibaneis deixou uma porta aberta para Flávia, até o dia 15 de agosto, caso queira retornar.

Nos bastidores políticos da cidade, Arruda que já tentou ter Izalci Luca (PSDB), Manoel Arruda (União) de vice em sua chapa, agora atrai para ocupar o mesmo posto o seu amigo e confidente Paulo Octávio.

Os movimentos feitos por PO e Arruda começa a refletir de forma negativa na nominata de pré-candidatos a deputado distrital.

O deputado Claudio Abrantes e Robério Negreiros, que vão disputar a reeleição pelo PSD, já falaram a Ibaneis Rocha, seja qual for a posição do partido, os dois estarão juntos pela reeleição do governador.

Fonte: Radar DF

RECOMENDAMOS