Agentes farão a substituição dos profissionais que atuam no estado auxiliando na busca e salvamento das vítimas das inundações
Antes de embarcar na missão, eles contam com preparo psicológico para lidar com as situações que vão vivenciar. A ação segue o protocolo de rendição estabelecido, que prevê a troca dos agentes a cada 15 dias.
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O subcomandante do Grupamento de Busca e Salvamento, capitão Rommel Mendonça, explica que o trabalho das equipes ocorre em duas frentes. Uma atua em São Leopoldo, com atividades de resgate em áreas inundadas com a utilização de embarcações. A outra, em Bento Gonçalves, trabalha no resgate de pessoas soterradas. Os agentes da Defesa Civil, detalha o subcomandante, auxiliam na visualização de locais de risco e de edificações que podem colapsar.
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“A expectativa é auxiliar o Rio Grande do Sul, que está passando por um momento difícil, e resgatar o máximo de pessoas para ajudar que elas cheguem ao momento de pós-desastre o mais rápido possível”, afirma o capitão Rommel.
Também segue em missão o pastor-alemão Sheik, do Batalhão de Operações com Cães. Ele vai substituir o cão Delta, que está no RS e atuará junto a Baruk, outro cão do batalhão, no auxílio ao resgate de vítimas.
Apoio para situações críticas
Tanto a equipe que está no RS – com retorno ao DF previsto para o início da próxima semana – quanto a que segue para o estado recebem preparo psicológico para poder lidar com as diversas situações enfrentadas no estado.
A tenente Daysyane Barros, psicóloga do CBMDF, explica que, embora toda a corporação esteja preparada constantemente, há um cuidado com os militares que seguem para essas missões devido ao tempo e nível de intensidade em que permanecerão em missão.
“Por mais que estejam preparados para esse tipo de situação, eles precisam ter um suporte emocional mais cauteloso para que não [o trabalho] afete a missão e própria saúde mental”, pontua a tenente. “A gente cuida de quem cuida, por meio da saúde mental.”
Demonstração de resgate
Os agentes do CBMDF também fizeram a demonstração da técnica utilizada no RS para resgatar um cavalo preso no terceiro andar de um prédio, em operação que remete ao resgate realizado no dia 14 no estado, gerando comoção nacional.
O capitão Lafayette Mendonça explica que foi utilizada a técnica de tirolesa dobrável, que permite descer no meio do percurso. O recurso é comumente usado em prédios ou locais de altura em geral onde não é possível chegar com a pessoa resgatada ao solo como em casos de incêndio.
“O pessoal que estava no RS improvisou com os meios que tinha e conseguiu um ponto de ancoragem fixa dentro do apartamento, o que é algo incomum”, conta.
Reforço
Após a chegada dos primeiros agentes ao RS, o GDF também enviou uma bombeira militar veterinária, para atuar no resgate de animais em situação de risco. Além disso, seis bombeiros militares seguiram para o estado para apoiar o Gabinete de Crise Sistema de Comando de Incidentes, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), no atendimento às emergências ambientais decorrentes das enchentes locais.
Ao longo da operação com os bombeiros e agentes da Defesa Civil do DF, 156 pessoas foram resgatadas – entre essas, 20 crianças – , além de 82 animais.
Desde o início do mês, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem marcado presença no estado com ações da campanha Brasília pelo Sul, lançada para ajudar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.
Essas ações são coordenadas pela Chefia-Executiva de Políticas Sociais, liderada pela primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha. Por meio dessa iniciativa, têm sido enviados aos municípios afetados pelas enchentes mantas, roupas, alimentos, água, utensílios, itens de higiene e outros objetos.