No governo Ibaneis, crimes contra a vida no DF têm maior redução desde o ano 2000

Balanço da Secretaria de Segurança Pública revela que o número de vítimas, nos primeiros dez meses deste ano, é o menor em 22 anos. Roubos em transporte coletivo caem pelo terceiro mês consecutivo

O trabalho integrado, o uso de tecnologia e da inteligência policial e o constante aperfeiçoamento dos processos de gestão da segurança pública do DF vêm mantendo os principais crimes em queda no Distrito Federal. A redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) e dos homicídios vêm permanecendo desde o início deste ano, no comparativo com 2021, ano em que o DF atingiu o menor índice de homicídios dos últimos 45 anos.

Nos primeiros dez meses deste ano, o número de vítimas dos CVLIs – que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – foi de 251 casos, o menor em 22 anos (desde 2000). Em relação ao ano passado, a redução das vítimas desses crimes foi de 14,6%, de 294 para 251. Isso significa que 43 vidas foram preservadas no período.

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Em relação ao crime específico de homicídio, de janeiro a outubro, foram registrados 234 casos, a menor marca desde 2000, quando foram contabilizadas 492 vítimas, ou seja, 258 vítimas a menos, mesmo com o aumento da população no decorrer de mais de duas décadas. Comparando com dez meses de 2021 e 2022, a redução de homicídios é de 13,3%, de 270 para 234 vítimas.

Ao analisar somente o mês de outubro, as vítimas dos CVLIs e dos homicídios, em específico, também seguiram a tendência do acumulado do ano, sendo as melhores marcas dos últimos 22 anos, com 40% e 37,5% de redução, respectivamente, em relação aos casos registrados em outubro de 2000. Na comparação a outubro do ano passado, a redução dos CVLIs foi de 28,9%, de 38 para 27 casos em 2022. No mesmo recorte temporal, o número de vítimas de homicídios caiu de 34 para 25 (-26,4%).

“A redução de crimes violentos segue sendo prioridade para a atual gestão. A segurança pública vem ajustando, de forma constante, as estratégias e aperfeiçoando os processos de gestão”, afirma o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo.

“Além disso, temos investido em ações cada vez mais regionalizadas, com estudo e análise das microrregiões, permitindo que nosso trabalho esteja cada vez mais próximo da realidade da população de cada cidade, quadra e até rua, para entendermos quais crimes e desordens estão impactando, no momento, a segurança e a qualidade de vida da região”, informa o secretário, destacando o trabalho integrado e a qualidade dos profissionais de segurança pública do DF, “que são exemplo em todo país”.

Foram registrados quatro casos a menos de latrocínio nos primeiros dez meses deste ano, no comparativo com o mesmo período do ano passado, de 18 para 14 casos. Houve, ainda, redução nas tentativas de homicídio, de 487 para 429 ocorrências (-11,9%) e de latrocínio, de 130 para 89 (-31,5%). Foi registrado aumento de 5,5% nas ocorrências de porte/posse ilegal de arma de fogo (de 869 para 917) no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano passado. As operações de retirada de armas ilegais de circulação têm impacto direto na redução dos crimes violentos.

Violência contra a mulher

Nos dez primeiros meses deste ano, foram registrados 17 casos de feminicídio, 26% a menos que no mesmo período de 2021, com 23 casos. Em outubro deste ano foram dois casos contra seis no mesmo mês do ano passado, queda de 66,6%. De acordo com o titular da SSP-DF, Júlio Danilo, houve, desde o início deste ano, intensificação das ações para o enfrentamento da violência doméstica e, consequentemente, dos feminicídios, com ações coordenadas entre as diversas pastas de governo relacionadas ao tema, além de campanhas, palestras e oficinas educativas voltadas a diversos públicos.

Segundo o secretário, em março de 2020 foi consolidado um programa com diversos projetos e ações voltados especificamente para a proteção da mulher, o Mulher Mais Segura, com ampliação dos canais de denúncia, inauguração de delegacia especializada, transparência na divulgação dos dados, por meio do painel interativo.

“Desenvolvemos, ainda, uma tecnologia inovadora, por meio de dispositivo que acompanha, simultaneamente, 24 horas por dia, vítima e agressor, estabelecendo uma distância segura entre eles, impedindo que ele se aproxime, e alertando a vítima em caso de aproximação”, destaca Júlio Danilo.

Crimes contra o patrimônio

Todos os seis crimes contra o patrimônio (CCPs), monitorados de forma prioritária pela SSP-DF, marcaram queda em outubro. Destaque para os roubos em coletivo que estavam em alta até julho e, nos últimos três meses, estão em declínio. Em outubro a redução desse tipo de roubo foi de 32,7% em relação a outubro de 2021, de 52 para 35 casos. A pasta montou, ainda no primeiro semestre deste ano, um grupo de trabalho envolvendo forças de segurança, Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), representantes de empresas de ônibus, entre outros órgãos, para elaboração de estratégias para o enfrentamento destes crimes.

O roubo em comércio obteve a maior redução em outubro, de 47,9%, de 73 para 38 ocorrências em todo o DF, comparado ao mesmo mês do ano passado. No roubo a transeunte houve 7,4% de queda. Os roubos de veículo, 25,7%, e os a residência tiveram três casos a menos: de 30 para 27 este ano. Os furtos em veículo estão em queda há dois meses consecutivos: mês passado a redução foi de 1,7% em relação a outubro de 2021.

No acumulado dos dez meses, quatro dos seis CCPs tiveram queda. Os roubos a transeunte, de -0,5%; os de veículo, -26,3%; os em comércio, -28%, e, ainda, os em residência, com 23,8% de redução. Os roubos a transporte coletivo e os furtos em veículo marcaram aumento de 16,7% e 24,7%, respectivamente.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a pasta e as forças de segurança possuem uma série de ações qualificadas em andamento, com base em mapeamento de dia, hora e local em que cada crime mais acontece. Isso vem resultando na redução, por três meses consecutivos, dos roubos em transporte coletivo, e de dois meses seguidos nos casos de furto a transeunte.

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