Até sexta-feira (22), serão realizados 49 procedimentos de reconstrução mamária no Hospital Regional de Taguatinga
Quantas vidas uma mulher pode ter? Para Fernanda Souza, muitas. Desde que descobriu o câncer de mama, no fim de 2015, a professora de 42 anos já enfrentou sete cirurgias e hoje (18) se prepara para a última. Ela é uma das 49 mulheres que, até a próxima sexta-feira (22), vão passar por cirurgias de reconstrução mamária, no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
“Nós sabemos que ficarão algumas cicatrizes, mas são cicatrizes de vitória. Este momento, para a gente, é muito importante, é um momento de renascer”, disse a paciente, horas antes de seguir para o centro cirúrgico.
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O procedimento consiste em utilizar próteses e tecidos das costas e do abdômen para reconstruir as mamas retiradas por conta do câncer. Mais que estética, a cirurgia mexe com a autoestima e mesmo com a identidade das mulheres.
“Você as vê florescendo”, conta a cirurgiã Izabelle Montanha, responsável técnica assistencial de cirurgia plástica do HRT. Segundo ela, a reconstrução mamária tem um impacto positivo na vida das mulheres ao ponto de estudos indicarem uma persistência maior no tratamento contra o câncer daquelas que passaram pelo procedimento.
“O sucesso é a mulher voltar a ter uma vida social normal, sem temer usar uma blusinha ou ir a uma piscina”, afirma a médica.
Parcerias
O mutirão conta, a cada ano, com mais contribuições. O BRB, a empresa Condor e a Motiva Implantes contribuíram com doações, esta última com 20 pares de próteses para ampliar os estoques do hospital. E a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica reforça o time com profissionais voluntários. “A cirurgia plástica é saúde, e nós somos sensíveis à causa das mulheres”, afirma o presidente da entidade, Sílvio Ferreira.