Elas estão apreendendo – na prática – a trabalhar como pedreiras, encanadoras, carpinteiras e muito mais
Trabalhar na área braçal da construção civil sempre exigiu muito esforço físico. Em função disso, foi criado um mito de que canteiro de obras não é lugar para mulheres. Mas, no programa de Qualificação Profissional Renova DF, a realidade tem sido bem diferente, 35% dos alunos inscritos no programa são do gênero feminino.
Assim como os homens, elas fazem cursos de carpinteiro, jardineiro, eletricista, encanador, serralheiro e pedreiro com carga de quatro horas ao dia. Recebem uma bolsa no valor de R$ 1,1 mil e, enquanto aprendem – na prática – as atividades, revitalizam espaços públicos.
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A aluna Vivian Sales não estranhou o grande número de mulheres no Renova DF. “Hoje em dia não existe mais esse preconceito, a mulher pode estar onde ela quiser. Trabalhando com que ela quiser, porque ela é capaz, ela é mãe, é trabalhadora e para ela não tem esse negócio, qualquer serviço, sendo um serviço digno é o que importa” completou.
Já Iasmim de Oliveira, que estava desempregada em função da pandemia, vê na qualificação uma nova porta para o mercado de trabalho. “Eu vi como uma oportunidade, no meio dessa pandemia sem emprego. Nós mulheres não temos tanto conhecimento nessa área e estamos tendo oportunidade de aprender”.
O secretário de Trabalho, Thales Mendes, explicou o porquê da criação do Renova DF, “A Secretaria fez um mapeamento das profissões e atividades que estavam em crescimento e que pudessem ter uma maior absorção no mercado. O ramo da construção civil se destacou: é uma necessidade”. E completou :“Nós focamos as nossas qualificações nesse tipo de trabalhador, para que, saindo daqui ele tenha a condição, pois nós temos vagas nas agências do trabalhador para encaminhar essas pessoas qualificadas”.