Elas também representaram 18% do número de mortes nas vias do DF em 2020
Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal elaborou o boletim informativo Mulheres no Trânsito, que traz dados sobre o envolvimento de pessoas do sexo feminino em acidentes com morte nas vias do Distrito Federal. Os dados apontam que, em 9% dos acidentes fatais ocorridos em 2020, o veículo era conduzido por uma mulher: dos 265 condutores envolvidos em acidentes que resultaram em morte, 23 eram mulheres, 228 eram homens e outros 14 não foram identificados.
Considerando as 23 condutoras envolvidas em ocorrências fatais em 2020, o boletim aponta que seis delas (26%) tinham entre 20 e 29 anos, sete (30%) morreram, outras sete (30%) ficaram feridas e nove (60%) escaparam ilesas. A maior parte dessas mulheres (70%) conduzia automóvel.
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“Nossos parabéns às mulheres, que têm demonstrado um cuidado especial ao conduzir veículos em nossas vias. Realmente, mesmo representando 40% do total de condutores habilitados no Distrito Federal, elas possuem uma participação em apenas 9% das ocorrências fatais”, comemorou o diretor-geral do Detran, Zélio Maia.
Mulheres mortas
Em 2020, 177 pessoas perderam a vida no trânsito, sendo 18% delas (32) do sexo feminino: 14 passageiras, 11 pedestres, duas ciclistas, uma motociclista e quatro condutoras de outros veículos. A maioria das mortes (20) ocorreu em rodovias federais e distritais e 12 em vias urbanas – que são as vias internas das cidades.
“Nós trabalhamos com o objetivo de que nenhuma pessoa perca a vida no trânsito, mas já é motivo de comemoração saber que o número de mulheres mortas nas vias do DF caiu de 52, em 2019, para 32, em 2020 – uma redução de quase 40%”, destaca Zélio Maia.
Entre as mulheres mortas em 2020, 22% tinham idade entre 40 e 49 anos e 44% eram passageiras. O período da noite, entre 18h e 23h59, apresentou 13 acidentes (41%), sendo a maioria (4) no domingo à noite. O tipo de acidente que mais vitimou as mulheres naquele ano foi colisão, seguido por atropelamento de pedestres e choque com objeto fixo.
Década
Sob a perspectiva da participação das mulheres como vítimas fatais no trânsito, a Gerência de Estatística do Detran também analisou os dados de acidentes ocorridos de 2011 a 2020 – que foi o período estabelecido pela ONU como a 1ª Década Mundial de Ação para a Segurança no Trânsito, com a meta de estabilizar e reduzir a mortalidade por acidentes de trânsito – e os 10 anos anteriores (2001 a 2010). Para isso, foram comparadas informações acumuladas nos 10 anos anteriores ao início da década com os acumulados nos 10 anos da 1ª Década Mundial: o quantitativo de mulheres mortas reduziu de 842 para 629, mas manteve o mesmo percentual em relação ao total de vítimas nas duas décadas (19%).
Entre 2011 e 2020, o ano com maior número de mulheres mortas foi 2014 (94) e o com o menor número foi 2020 (32). O atropelamento de pedestres foi a natureza predominante nos acidentes que vitimaram mulheres nas duas décadas, mas reduziu de 47%, nos 10 anos anteriores, para 38% na 1ª Década.
Motociclistas
Atualmente, há 706.772 mulheres habilitadas no Distrito Federal, representando 40% do universo de condutores registrados no Detran-DF. Dentre elas, 62.731 (9%) possuem habilitação para conduzir motocicletas.
Mesmo representando apenas 9% do total de condutoras, a quantidade de motociclistas mortas aumentou de uma década para a outra, saltando de 13 para 18 mortes. Enquanto isso, o número de óbitos de passageiras e pedestres reduziu, caindo de 407 para 256 mulheres mortas por atropelamento e de 329 para 273 passageiras que perderam a vida em acidentes.
*Com informações do Detran-DF