Investigado, Belmonte foi alvo da PF enquanto fez lobby por garimpo em terra indígena

Os negócios dos candidatos a governador e vice-governador da coligação DF para Todos, Paulo Octávio, do PSD, e Luis Felipe Belmonte, do PSC, geram questionamentos sobre a lisura de ambos

O empresário e vice-candidato ao governo do Distrito Federal, Luis Felipe Belmonte (PSC), é investigado por ter repassado valores a pelo menos três pessoas do círculo próximo de Jair Bolsonaro, indicam mensagens em posse da Polícia Federal.

Belmonte  é candidato a vice-governador na chapa da “DF para Todos” encabeçada por Paulo Octávio (PSD).

Belmonte  foi alvo da PF na operação deflagrada a pedido do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e teve celular e computadores apreendidos. As conversas ocorreram do final de 2018 ao primeiro semestre de 2020.

Os movimentos do empresário pela exploração das terras indígenas estão registrados em conversas que constam no inquérito que investigou os atos antidemocráticos de abril de 2020.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, ele se aproximou de pessoas próximas ao presidente e efetuou repasses de dinheiro. Um dos beneficiados foi Jair Renan, filho de Bolsonaro, que recebeu R$ 9,5 mil em 2020 para reforma do escritório de sua empresa.

A advogada de Bolsonaro, Karina Kufa, também recebeu R$ 634 mil por meio de seu escritório. A Sergio Lima —um dos marqueteiros da campanha de Bolsonaro à reeleição— e seu sócio, Walter Bifulco, foi destinado R$ 1,5 milhão via empresas de comunicação.

Em agosto de 2019, quando os repasses para Kufa e para as empresas de comunicação já tinham sido efetuados.

E Paulo Octávio?

Paulo Octávio é o ricasso, que se juntou com o outro ricasso, Belmonte.  Chama a atenção quantidade de ações criminais contra P.O relacionadas a corrupção ativa e passiva.  Você pode conferir no site do Tribunal Superior Eleitoral (Clique aqui).

Nos últimos dias, o empresário e candidato ao governo, Paulo Octávio (PSD) recebeu três ações com pedidos de impugnação, em menos de uma semana.

O que eles dizem?

Kufa confirma o recebimento dos valores para outra empresa, mas alegou ser referente a uma auditoria e que ela não tem relação profissional ou política com Belmonte.

Já Sérgio Lima apresenta uma versão diferente de Luis Felipe Belmonte e diz que trata-se de um negócio entre os dois que não prosperou.

À Folha Belmonte disse que não há nenhuma relação entre os pagamentos e a defesa da liberação de garimpo em terras indígenas.

A defesa diz que Paulo Octávio “segue com todos os direitos políticos resguardados e protegidos, apto, portanto, ao pleito que se aproxima”.

 

Da Redação com informações da Folha de S.Paulo

 

 

 

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