Tida pela oposição como o calcanhar de Aquiles do governo do DF, a Secretaria de Saúde acabou ocupando os principais noticiários ano passado após a prisão do então secretário, Francisco Araújo, juntamente com toda a cúpula da pasta. Na época, Osnei Okumoto, que já tinha sido secretário, retornou ao comando da SES/DF com a missão de resgatar a credibilidade no combate à Covid-19 após a Operação Falso Negativo, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Com a exoneração de Osnei nesta quinta-feira (26), o governador Ibaneis Rocha (MDB) resolveu assumir interinamente a secretaria. Antes, o médico Alberto Aguiar Santos Neto chegou a ser anunciado como novo secretário, mas desistiu pouco tempo depois. Com o ato, o chefe do Buriti toma à frente da pasta antes de escolher um substituto. A ideia é “ver os problemas de perto”.
Ibaneis quer acertar e sabe que outra troca no comando da SES/DF pode ser entendida pela sociedade como falha gerencial, visto que falta apenas um ano para a eleição. Para isso, o próprio governador quer primeiro avaliar de perto o setor antes de optar por um nome capaz de atrelar o corpo clínico e técnico.
A Secretaria de Saúde sempre foi uma pasta difícil de ser administrada. No governo passado, quatro secretários foram anunciados pelo então governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Com a segunda saída de Okumoto, o atual governo vai igualar o número quando o novo secretário for indicado.
Ao chamar a responsabilidade para si, Ibaneis demonstra espírito de liderança e comprometimento em buscar soluções para melhorar os serviços prestados pela SES-DF, especialmente no combate à pandemia.
Com informações do site Lupa Politica