Se as visitas aos pacientes fossem realizadas no período da manhã no Hospital Cidade do Sol (HSol), os familiares e amigos perceberiam uma cena no mínimo curiosa: vários profissionais do hospital, portando pranchetas e canetas, se reunindo diariamente à beira dos leitos de cada um dos internados, discutindo o caso e a conduta clínica juntos com os acompanhantes e pacientes.
Esse é o round multidisciplinar beira-leito, estratégia implementada no HSol desde que o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) assumiu a gestão da unidade e que vem ajudando a prestar um atendimento eficiente e humanizado, que tem deixado os pacientes e acompanhantes impressionados com o serviço.
De acordo com a coordenadora médica do HSol, Dra. Juliana Barros, o round multidisciplinar beira-leito é uma ferramenta de integração dos profissionais de diversas áreas como médicos, enfermeiros, farmacêuticos clínicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas. “Cada serviço elenca problemas relacionados ao paciente e são propostos ajustes de conduta que possam otimizar o plano terapêutico necessário”, diz Juliana.
A médica clínica do HSol, Dra. Suzana da Câmara Tavares, exalta o formato do round multi e lembra que a prática tem uma importância fundamental. “Com o round, conseguimos enxergar o paciente 360º graus, sob pontos de vista das múltiplas especialidades, e isso tem um impacto muito significativo no desfecho do paciente”, disse.
O momento da discussão clínica permite que os profissionais atuem de forma empoderada do processo terapêutico, onde há espaço para colaborar com suas observações, ideias e sugestões; além de compartilhar a responsabilidade para resultados efetivos. “Tal estrutura permite mais segurança ao paciente, minimização de danos e organização precoce da alta hospitalar com base nos fluxos e protocolos institucionalizados; garantindo otimização dos recursos gastos pelo hospital”, explica a Dra Juliana.
De acordo com a Dra Suzana, a importância do round tem sido fundamental para uma recuperação mais rápida do paciente. “Conseguimos fazer um inventário da sua história clínica, estado nutricional, viabilidade da nutrição via oral e discutimos qual a melhor estratégia para aquele paciente considerando sua rede de apoio. Conseguimos dar suporte psicológico e ver quanto o estado emocional e as relações familiares impactam nas manifestações clínicas da doença”, comemora a médica.
A médica ressalta ainda a atuação de outras áreas dentro do round como a discussão levantada pelos farmacêuticos acerca das terapias medicamentosas, quanto às doses, as interações e os ajustes necessários para as especificidades clínicas dos pacientes. “Frequentemente identificamos situações de vulnerabilidade social e atuamos de forma ativa na busca apoio e soluções mais pertinentes ao contexto do paciente. Avaliamos juntos lesões cutâneas, status ventilatório, quadros infecciosos, discutimos os pareceres dos especialistas que nos dão suporte, enfim, observamos dia após dia a progressão dos nossos pacientes de modo acurado. Isso só é possível através de um round multidisciplinar”, garante.
O round beira leito integra o paciente e acompanhante nas decisões de conduta, reforça as orientações e garante maior adesão ao tratamento. A comunicação integrada resulta em um tratamento individualizado, centrado no paciente. “Nosso grande diferencial é que fazemos isso diariamente. Temos uma grande aderência de toda a equipe, todos trazem os pontos de vista de suas especialidades, numa discussão realmente muito rica. Já tivemos rounds que duraram quatro horas de debate. Isso devido ao compromisso que temos em conhecer a história clínica e as particularidades de cada paciente”, reforça a Dra. Suzana.
O grande benefício é uma assistência de qualidade no menor tempo possível. “A principal missão do Hospital Cidade do Sol é servir os pacientes com um atendimento humanizado e resolutivo, creio que o round seja um elemento chave para desempenharmos essa missão com excelência como estamos fazendo, assim mostram os nossos indicadores”, conclui Suzana.
Fonte: Iges
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